A instituição superior, para manter-se em uma sociedade em movimento, deve estar também no centro das transformações, deve mover-se por si só. Nesse fluxo, a experiência inovadora toma assento e pode apresentar propostas desafiadoras e valorosas aos protagonistas universitários. As mudanças na educação brasileira se acentuaram no contexto histórico-social dos anos 1960. Desde os anos de 1920, porém, a educação ganha corpo no processo transformador. Isso na educação básica, não propriamente na universidade.
Os educadores, influenciados pela revolução urbana e industrial, desejosos de uma sociedade em desenvolvimento e economicamente forte, anunciam uma nova proposta pedagógica, por acesso universal ao ensino básico. Hoje, os ingressantes à universidade atentam para a qualidade profissional, que possa contemplar a demanda do mercado econômico/social.
Tratando-se de uma interlocução entre autores '(re) pensando' o ensino superior no sonho, na utopia, nas atitudes e nas inovações, como possibilidades ascendentes, somam-se ideias. Assim, em uma sociedade onde os institucionalistas da educação são marcadores das circunstâncias caracterizadoras do avanço da pobreza e da exclusão social, não haverá justiça nem liberdade. Onde há diferenças na qualidade de ensino em variados estratos da população, inexiste preocupação com o desenvolvimento da sociedade como um todo. Nesse perfil, as mudanças propostas para a universidade estão vinculadas aos interesses desses 'institucionalistas educacionais'.
Por isso, o ensino universitário vem se encaminhando para a necessidade de uma construção diferenciada na educação. As pesquisas, quando envolvem a sociedade, estão buscando conhecer a sua realidade. Aí, as premências de inovações são, talvez, mais concretas e ligadas diretamente às exigências do mercado econômico. Estas, trabalhadas na universidade, através de reformas adequadas, poderão amenizar os embates reivindicatórios sociais.
Urge, pois, chamar a docência à reflexão frente os 'emergentes' vindos da sociedade contemporânea. Porque, inegável, os anseios sociais são verdadeiros manifestos que ganham espaço nos tempos da universidade.
(Caos Markus)
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