Nossos portos ainda estão abertos à navegação, mesmo com seus aeroportos fechados à nossa imaginação.
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
DOMINGO, 30 DE JUNHO DE 2013: "INVENTANDO SER BRASILEIRO"
Quem descobriu o Brasil? Quem meteu os pés no brasil? A Europa cá veio dançar valsas vienenses e ainda trouxe d’África o lundu, temperado com pimenta do reino. Quando açúcar com café nas usinas e nas lavouras dos senhores engenhosos! A Ásia cabe aqui. Venham todos, queremos vocês. Venham genoveses, florentinos, o Bráz vos espera. Venham sírios - libaneses mascatear, no sertão que vira mar, rios de dólares. Nós somos um povo gentil, coroação e braços abertos para o mundo. Temos norte e nordeste, sul e sudeste, noroeste e sudoeste este imenso. Somos presidencialistas, somos parlamentaristas, republicanos e monarquistas. Somos qualquer coisa, somos todas as coisas a um só tempo, porque - pluralistas - não discriminamos ninguém. Venham, o trono está vago a qualquer tempo, pois há mais de quinhentos anos rendemos homenagens, e não seria agora que inventaríamos ser brasileiros. Desculpem-nos a nossa inadimplência, não foi nossa intenção, não pretendíamos ser pobres e dar tanto trabalho. Pagaremos. São suas as nossas reservas, em pau-brasil com seca nordestina, em cana-de-açúcar dos coronéis, em borracha dos seringais florestais, em café dos barões, em mão-de-obra de pau pra toda obra.
Nossos portos ainda estão abertos à navegação, mesmo com seus aeroportos fechados à nossa imaginação.
(Caos Markus)
Nossos portos ainda estão abertos à navegação, mesmo com seus aeroportos fechados à nossa imaginação.
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