DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013: "A CATEQUESE DO ASSISTENCIALISMO"
Assim como o regime instituído pelos jesuítas catequistas para arrancar a população indígena à barbárie reduziu a consciência da própria personalidade dos nativos, tornando-os irresponsáveis que se julgavam felizes, também não é raro, na atualidade, deparamos no continente americano, notadamente no Brasil, novos "selvagens incomparavelmente "mais felizes" sob o jugo de uma nova "catequese" do que sob tirania violenta mais explícita e até do que na liberdade do seu próprio meio.
Seria mesmo lícito admitir o pressuposto da igualdade absoluta e da comunidade de bens, quando parece estar a espécie humana dividida em duas criaturas - aquelas feitas para dirigir e as outras para obedecer? O que já foi denominado "servidão deliciosa" não seria, ainda, um mau hábito entre muitos de nós, acostumados à tutela?
Se assim é, se assim for, a cautela já não é tardia. Hoje vivemos mal sob um "assistencialismo" reducionista, e não damos conta de que um dia, ausente a tutela dos assistencialistas, miseráveis que somos, entregaremos nossos pescoços - e sem protesto algum! - a tiranos mais modernos. Outros "caudilhos" têm assumido a tarefa de preparação estratégica da submissão fatal. Agora, em nome de uma hipotética e desarrazoada "igualdade", homens que se tornaram públicos solapando o Poder dividem entre si, através de coligações e coalisões partidárias, o terreno da demagogia, uns e outros procurando igualmente o mesmo:
"homogeneizar" o seu rebanho, condenado ao expurgo os que relutam à "pacificação" pretendida.
Hoje, como ontem, paga-se com o martírio a caridade. Hoje, como ontem, não se pode negar a dificuldade que os povos deste continente têm em se reerguer da regressão sofrida para um dia alcançar integração histórica e uma "intensidade de vida coletiva". Hoje, como ontem, estamos restritos a um período inferior ao que se interpõe entre o selvagem e o homem culto.
(Caos Markus)
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