REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
QUARTA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2013: "A VIDA QUE ORDENA A MORTE"
Situada no ápice da mais completa descrença, sem quaisquer perspectivas, a raça humana decreta o desvario como conduta, arrebatada pelo encantamento da imagem que vê refletida no lago do seu mais interior sentimento, a empáfia. E. cometendo a morte, quer louvar a vida que pretende criar -falsa, adornada pelo delgado véu da vulgaridade.
Corroborados pela fragilidade dos nossos sistemas políticos, temos sido artífices das mais espetaculares cenas de cupidez, elevando o hediondo ao nível de normalidade; e, na recusa sistemática das ofertas que nos são feitas pela história da nossa civilização, com multiplicidade de ilustrações das conseqüências funestas advindas do irracionalismo como padrão de conduta, propugnamos por modelo educacional ainda voltado para o sucesso financeiro como objetivo maior a ser alcançado pelo indivíduo, relegando à inferioridade todo e qualquer projeto que pretenda resgatar ao homem a sua verdadeira vocação na terra, quer seja, a de viver em plenitude, somente conquistada quando rompido o isolamento e atingida a integração entre espírito e razão, através da reconciliação com o coletivo.
Doutrinas alheias à 'humanidade' sucumbida em cada um que nós deverão ser rejeitadas, se à presente inquietação quisermos resistir. E, inversamente, maior atenção deveremos dedicar aos erros sucessivamente praticados, pois que quando alguém se engana sempre da mesma maneira, quer dizer, quando estamos frente a um erro sistemático chamamos a isso simplesmente "erro", ou seja, apenas encobrimos o vazio da nossa ignorância com uma única palavra.
Pretender mudanças é se predispor a isso, não bastando apenas desejá-las como um devoto que aguarda vir a ele aquilo que dele mesmo depende. Modificar exige novo comportamento, em admissão da responsabilidade nas faltas cometidas e em intenção de corrigi-las; tarefa, em suma para quem pode reconhecer as próprias limitações e identificar fronteiras só expugnáveis mediante a aceitação primeira da humildade como atributo da razão.
Pretender a vida é não ordenar a morte como a sua garantia. Afinal, não se garante a tese pela antítese.
(Caos Markus)
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