Sem nenhuma dúvida, o ensino "laico", em oposição à educação institucionalizada a partir de doutrinas e ideologias várias, todas elas com o mesmo propósito, isto é, dogmatizar está ainda muito distante daquilo que se convencionou denominar "educação democrática". Reflexo do gigantismo burocrático do Estado, ou até mesmo a sua fonte, a Escola no Brasil tem padrão de excelência apenas na reprodução de uma sociedade viciada num vago conceito de "competitividade", a revestir-se da mais ampla permissividade de um descabido "salve-se quem puder", em nome da concorrência profissional nesse que é um mercado de trabalho cada vez mais restrito.
Conduzidos para a alienação , não são chamados os educandos à participação, através do estímulo ao auto-didatismo que o desenvolvimento da crítica poderia proporcionar. Muito pelo contrário, o que se tem pretendido é dar continuidade à formação de gerações limitadas em seu progresso intelectual. E, o que é pior, esse procedimento é muito mais "maquiavélico" do que se possa imaginar, pois que professores, diretores, assistentes, coordenadores, etc., etc., são os primeiros a consentir com o modelo educacional fundamentado no "monólogo", no discurso unilateral, do tipo "quando um burro fala o outro abaixa a orelha". Prepostos de administrações tacanhas, esses funcionários brigam pelo poder miúdo.
Muito curioso é constatar-se, por ocasião de greves de professores e similares, a total ausência de "produção" que os grevistas jamais conseguem assimilar. Pois a sociedade não está convencida de que não pode ficar sem o trabalho desses presunçosos. Assim, "compramos" um "produto" somente quando convencidos de que ele nos faz falta, de que viver sem ele seria viver mal. Porém, a falsa idéia de que um diploma faz muita falta é a contradição dos próprios mestres: reclamam por melhores salários, afinal têm diploma de curso superior! E daí?!!
Há ainda quem acredite merecer uma mais significativa remuneração porque é pós-graduado, mestre, doutor, num vago curso de não sei o quê.
Construtivismo, Piaget ou Paulo Freire fazem parte dos coquetéis culturais de elite pseudo-intelectual de educadores nacionais. Tudo regado ao tempero de esotéricos "ensinamentos" da embalsamada vanguarda socialista.
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