Os meios de comunicação de massa são exatamente o oposto de tudo o que possa ser verdadeiro fruto do pensamento, considerado presente apenas na obra cultural, consistente em estímulo ao discernimento, à visão, ao raciocínio.
As imagens publicitárias, o "enredo" televisivo ou veiculado pela mídia eletrônica, limitam -por seu acúmulo de conteúdos acríticos-até mesmo a livre imaginação. Tudo é convertido em entretenimento: guerras, massacres, genocídios, greves, hecatombes, enfermidades, cerimônias religiosas.
Por outro lado, a cultura é o perfeito aprimoramento dos próprios direitos humanos. Diversamente, num mundo onde o intelecto é desprezado, tratada a reflexão como antagônica e inimiga, a 'razão prática' ocupa lugar central na sociedade.
Cultura é pensamento e reflexão. E 'pensar' é, definitivamente, o contrário de obedecer.
Com efeito, a indústria cultural produz restritivamente um simulacro de participação. Todavia, assegurar o direito à cultura é garantir o direito de acesso aos bens culturais, tanto quanto a compreensão desses bens será o ponto de partida para a transformação das consciências.
(Caos Markus)
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