As essências das coisas transcendem ao plano empírico das nossas vivências, independentes deste universo pautado por sucessivas permutas e impregnado de ilusões. Preexistem no inteligível, na esfera da eternidade, da imutabilidade, do repouso, da perfeição e da identidade.
Tudo é precedido na forma, através do âmago eternizado, constituindo-se em modelo a ser copiado no perpassar do tempo histórico. Mundo cuja sensibilidade é fidedigno retrato do inteligível, devendo realizar, nessa percepção, as ideias estruturadas na abordagem do compreensível.
A História, afinal, desenvolve-se repetindo-se nas tragédias humanas, em trajetória rumo à derrocada irracional. Eis comprovado, todos os movimentos portadores de bandeiras libertárias redundaram em novas modalidades da constante opressão, habitualmente confundido-se o intenso louvor ao povo não apenas com a nociva ufania, porém (muito mais danoso!), com a cruel e irreparável opressão de tantos quantos foram somente pretexto do real propósito: dominação.
(Caos Markus)
Nenhum comentário:
Postar um comentário