A cultura de massas é regressiva, uma psicanálise ao revés. Ela nem é cultura, e sequer é produzida pelas massas.
A sua norma é a novidade. Mas, de maneira a não pertubar hábitos e expectativas, atuando no imediatismo do legível e compreensível pelo maior número de espectadores ou leitores.
Ela evita a complexidade. E o faz oferecendo produtos à interpretação literal, ou seja, minimal mesmo.
Assim, a mídia efetiva um aprisionamento de múltiplos sentidos, reduzindo-os a um apenas, dirigindo-os à uniformidade e à exclusividade padronizada, através da demagogia da facilidade. Valendo-se da indústria cultural, os meios midiáticos primam pela absoluta falta de democracia, transmitindo suas "mensagens" sem conexão alguma com qualquer indício de elemento gramatical estruturado, afastados de todos os preceitos ortográficos inteligíveis sob a ótica da interpretação individualizada.
Nefasta consequência da alienante cultura de massas, a educação retorna à condição de valor partilhado por poucos iniciados, conhecimento reservado a uma elite.
Não lutar contra essa falsa cultura será sempre persistir na manutenção das injustiças sociais.
(Caos Markus)
Nenhum comentário:
Postar um comentário