Como alegoria da degradação temporal, os destroços monumentais indicam a irreversível supressão de tudo o que é corroído pela História. O efeito é de tristeza, caminhar entre tão distante recordação e saber que tamanho esplendor e formidável vitalidade precisaram desaparecer. Com a História nobreza e beleza se vão, restando-nos a inconsolável e irreparável dor em contemplar ruínas.
Contudo, esse movimento da História é apenas o negativo espetáculo de uma transição: há o instante da perda do desaparecimento, pois essa luz tênue não é só crepuscular, mas também o ocaso da alvorada.
E porque é da nossa essência a transitoriedade, muito embora a constância da recusa em admití-la, sofremos. A dor, todavia, não é outra senão a do sofrimento diante da mudança que imaginamos possível poder adiar.
(Caos Markus)
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