Dorothy Parker blasfemava ao dizer “O dinheiro pode não comprar a saúde, mas eu me contentaria com uma cadeira de rodas cravejada de diamantes”? Hein?! Diga lá você que está em seu esconderijo de centrais únicas e filiais múltiplas do pensamento nacional das bases trabalhadoras. Você que tanto apregoa combater as oligarquias, você já parou e refletiu na possibilidade oligárquica do seu governo de poucas pessoas e poucas idéias?!
Pois, eu me vendi, confesso. Houve e há quem queira me comprar pelo preço que eu peço; e é muito mais do que o reivindicado nos vãs discursos febris em fabris comitês da “mais-valia”. Não dividirei a minha competência com ninguém; não socializarei a incompetência de alguém que - eternamente vítima - não se dispõe a trabalhar e só vive a reclamar.
Um mercenário das idéias eu sou, se preferirem assim. Sou pago para pensar por quem não tem tempo ou capacidade ou vontade de o fazer. Elaboro teoria para a práxis do meu “cliente”, mais ou menos como se faz em propaganda e marketing. Não sou megalomaníaco nem prepotente, muito pelo contrário, eu me contrario, me desfaço sempre dessa onipotência tão comum nos preguiçosos, o que certamente me assegura estar acima da arrogância dos mais vulgares.
Eu me venderei tantas vezes quantas puderem me pagar, observando que a contradição e o máximo da criatividade.
(Marcus Moreira Machado)
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