Nas sociedades burguesas, em especial nas subdesenvolvidas, é expressiva a inclinação dos governados à perda gradual do sentido de responsabilidade, sempre que a desorientação e a desordem tornam-se imperantes. É nesses períodos, quando a costumeira apatia política,
tão própria dos sistemas capitalistas, ainda mais se acentua, que o homem comum (habituado a delegar à classe dirigente o poder e a iniciativa das decisões) perde a confiança na pretensa justiça. E isso, inevitavelmente, se traduz em profunda crise moral, concomitante (não apenas uma consequência, como se supõe) à crise política, econômica e social. Assim, não por outras razões, causa e efeito se confundem, como se fosse o bastante para justificar a "reação" dos omissos. Então, já não se sabe mais de onde o mal provem, se do poder oficial, se do poder oficioso.(Marcus Moreira Machado)
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