REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
TERÇA-FEIRA, 3 DE MARÇO DE 2009:"SONHO POSSÍVEL"
"Um país constróe-se com livros e homens". Seria cômico se não fosse trágico: em franca desatenção a um preceito simples e irrefutável, omitindo o próprio homem como agente do desenvolvimento, olvidando os recursos humanos como base no processo econômico-social, negligenciando com a plena realização das potêncialidades humanas na razão e na finalidade do progresso, a melhoria do padrão de vida da população brasileira vem sendo sistematicamente relegada ao plano inferior da mediocridade.
Na ausência de institucionalização de uma política de mudanças sociais que viabilize restituir ao homem a sua condição de "objeto e beneficiário do desenvolvimento", no Brasil inconsistentes projetos governamentais buscam sanar os problemas estruturais do país pela adoção de critérios paliativos, postergando reformas e investimentos que visem modificar as causas da nossa ruína ética e moral, para fixar organização que cuidam apenas das verdadeiras e cruciais conseqüências.
À respeito do aprimoramento dos "recursos humanos" como necessidade primordial na geração e utilização de mão-de-obra de alto nível, responsável pela formação e investimento de capital humano como estratégia do desenvolvimento, comentaram Frederick Harbison e Charles A. Myers: "Em termos econômicos, poder-se-ia descrevê-lo como a acumulação de capital humano e seu investimento profícuo no desenvolvimento de uma economia. Em termos políticos, o desenvolvimento dos recursos humanos prepara o povo para a participação adulta nos processos políticos, particularmente como cidadão de uma democracia. Dos pontos de vista social e cultural, o desenvolvimento dos recursos humanos ajuda as pessoas a levarem vidas mais plenas e mais ricas, menos atacadas à tradição. Em suma, os processos de desenvolvimento dos recursos humanos destrancam as portas à modernização".
Entre nós, entretanto, prevalece, ainda, o total descaso. E, assim, desconsideram-se, por exemplo, as firmes palavas do Professor Vicente Greco Filho, para quem a precariedade de condições sociais é fator que facilita a implantação de toxicomanias, tanto quanto os conflitos psicológicos ou restrição dos horizontes profissionais; nessa disposição, a ampliação do mercado de trabalho, a motivação, a orientação e a educação "trarão o encaminhamento para a superação do conflito sem o recurso a drogas", muito embora a permanência da problemática residual exija, também, a eliminação da oferta de drogas.
O desenvolvimento dos recursos humanos, a se operar primeiramente pela educação, é essencial como meio eficiente na melhoria da qualidade do fator humano no aperfeiçoamento da sociedade. E essa "educação", quer seja compreendida como formal e sistemática, quer seja concebida de maneira assistemática, através de programas de educação de adultos, participação em grupos políticos, sociais, religiosos e culturais ou, ainda, pelo treinamento no emprego, complementa a melhoria dos padrões de saúde individual e coletiva, como argumentos convincentes na constituição de uma sociedade mais equilibrada e não dependente de "sonhos" promovidos pelo uso de drogas tóxicas e alucinógenas.(Marcus Moreira Machado)
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