O comportamento de uma pessoa obedece à incorporação inconsciente de certos padrões, ideias, atitudes, práticas, personalidade ou valores de outra(s) pessoa(s) ou da sociedade, adotando-os como seus.Os problemas de disciplina, ou “de convivência”, nas escolas, são reflexos de uma crise de valores processando-se na sociedade em geral, e claro, no ambiente escolar como subconjunto institucional criado por esta mesma sociedade. Em um mundo absolutamente globalizado, a informação chega diariamente aos lares, mostrando uma infinidade de cenários de violência. Ao mesmo tempo, a família institucional indica expressivas alterações, com a absorção da mulher ao mercado de trabalho e a frequente separação dos casais, transformando-se em monoparentais. No próprio lar, muitas crianças assimilam como hábitos cotidianos a violência e os maus tratos, o desprezo com os mais velhos, o alheamento, enfim, as exclusões. Na rua, a aprendizagem é a do darwinismo social, a assunção de determinismos e contravalores, considerados necessários à sobrevivência e a estima no bairro e no grupo.
Neste contexto, a criança chega a uma escola omissa, distanciada da incorporação desses valores, centrada unicamente nas aprendizagens acadêmicas, fracionando a realidade. Uma escola a ignorar os interesses e vivências reais dos estudantes, impondo-lhes, no entanto, uma ordem hierárquica, subordinando-os a normas comportamentais sobre a base de um vago princípio de autoridade. E não se deve perder de vista, para os estudantes de hoje, a escola não tem o mesmo significado de algumas décadas atrás, pois muitos já assumiram o seu meio como condição definitiva, não vislumbrando futuro melhor assegurado mediante os estudos, percepção “justificada” nas poucas expectativas dos indivíduos com graduações superiores, funcionando como espécie singular de advertência às dificuldades existentes para encontrar emprego dentro de suas qualificações. Não é surpreendente que o estudante mais afetado por estes cenários (ainda mais se, como já ocorre em muitos países, a escolaridade fundamental é obrigatória para toda a população, criando um nivelamento pela base), eventualmente mostre contatos de comportamento indisciplinado, violento, desrespeitoso e de ruptura. A escola não pode por si só modificar as causas deste problema, mas pode e deve fazer o possível para não contribuir com a sua manutenção, apresentando então um quadro conciliador, no contexto de um currículo integrado, formulado a partir dos objetivos e vivências dos alunos. Os problemas “de convivência” sempre surgirão, porém o importante não é só evitá-los, mas manejá-los de maneira educativa. Assim, em uma análise das características de indisciplina e agressividade mais comuns entre os discentes, aparecem às seguintes: incompetência emocional, pois expressiva parcela das questões de violência provém de uma falta de controle das emoções; aumento do individualismo, do egocentrismo, impedindo o aluno de ver o outro como um mediador na busca do conhecimento, seja o professor ou o colega, nas permutas indispensáveis aos trabalhos em grupo, pois movidos por tentativas constantes de fazer a aula girar em torno de seus particulares interesses e suas exclusivas ideias; o desinteresse da escola, com as mesmas atitudes individualistas e a falta de sentido de cooperação levam ao desapego do aluno à instituição de ensino como micro sociedade na qual convive grande parte do seu tempo; condutas violentas (a aprendizagem da violência), em um contexto no qual esta surge como única forma de solução dos conflitos, levam a atitudes e comportamentos marcados pela brutalidade, frequentemente potencializado pela mesma incompetência emocional; ausência de limites sociais gerando interrupções inoportunas, confusões, disputas em sala de aula, perturbando o ambiente externo adequado a uma boa aprendizagem; desvalorização, desqualificação do professor, da situação escolar, dos conhecimentos escolares; tendência à intolerância, motivada pelo individualismo, competitividade, falta de solidariedade, conduzem também à intransigência com o diferente; tensões, grande ansiedade junto com a conduta indisciplinada, causando alterações no foco de atenção, atrapalhando a memória imediata e de médio prazo em testes e provas, perturbando as construções de relações lógicas apoiadas nas informações do momento e nas anteriores; atenção dispersa, dividida, voltada para as brigas, trapaças, roubos, em que esteja envolvido direta ou indiretamente, ou seja, simples apoiador, na sala de aula ou fora dela; perda de aulas por atraso ou retirada da sala por má conduta, ou ainda suspensões disciplinares, gerando descontinuidade na construção de determinados conhecimentos; descumprimento no horário regulamentar de tarefas que auxiliariam na desejada fixação e ampliação de conteúdos programáticos destinados a serem suportes de novos conhecimentos posteriores. Ou seja, a violência não raramente integra um currículo informal, sendo ela mesma objeto de aprendizado.
Neste contexto, a criança chega a uma escola omissa, distanciada da incorporação desses valores, centrada unicamente nas aprendizagens acadêmicas, fracionando a realidade. Uma escola a ignorar os interesses e vivências reais dos estudantes, impondo-lhes, no entanto, uma ordem hierárquica, subordinando-os a normas comportamentais sobre a base de um vago princípio de autoridade. E não se deve perder de vista, para os estudantes de hoje, a escola não tem o mesmo significado de algumas décadas atrás, pois muitos já assumiram o seu meio como condição definitiva, não vislumbrando futuro melhor assegurado mediante os estudos, percepção “justificada” nas poucas expectativas dos indivíduos com graduações superiores, funcionando como espécie singular de advertência às dificuldades existentes para encontrar emprego dentro de suas qualificações. Não é surpreendente que o estudante mais afetado por estes cenários (ainda mais se, como já ocorre em muitos países, a escolaridade fundamental é obrigatória para toda a população, criando um nivelamento pela base), eventualmente mostre contatos de comportamento indisciplinado, violento, desrespeitoso e de ruptura. A escola não pode por si só modificar as causas deste problema, mas pode e deve fazer o possível para não contribuir com a sua manutenção, apresentando então um quadro conciliador, no contexto de um currículo integrado, formulado a partir dos objetivos e vivências dos alunos. Os problemas “de convivência” sempre surgirão, porém o importante não é só evitá-los, mas manejá-los de maneira educativa. Assim, em uma análise das características de indisciplina e agressividade mais comuns entre os discentes, aparecem às seguintes: incompetência emocional, pois expressiva parcela das questões de violência provém de uma falta de controle das emoções; aumento do individualismo, do egocentrismo, impedindo o aluno de ver o outro como um mediador na busca do conhecimento, seja o professor ou o colega, nas permutas indispensáveis aos trabalhos em grupo, pois movidos por tentativas constantes de fazer a aula girar em torno de seus particulares interesses e suas exclusivas ideias; o desinteresse da escola, com as mesmas atitudes individualistas e a falta de sentido de cooperação levam ao desapego do aluno à instituição de ensino como micro sociedade na qual convive grande parte do seu tempo; condutas violentas (a aprendizagem da violência), em um contexto no qual esta surge como única forma de solução dos conflitos, levam a atitudes e comportamentos marcados pela brutalidade, frequentemente potencializado pela mesma incompetência emocional; ausência de limites sociais gerando interrupções inoportunas, confusões, disputas em sala de aula, perturbando o ambiente externo adequado a uma boa aprendizagem; desvalorização, desqualificação do professor, da situação escolar, dos conhecimentos escolares; tendência à intolerância, motivada pelo individualismo, competitividade, falta de solidariedade, conduzem também à intransigência com o diferente; tensões, grande ansiedade junto com a conduta indisciplinada, causando alterações no foco de atenção, atrapalhando a memória imediata e de médio prazo em testes e provas, perturbando as construções de relações lógicas apoiadas nas informações do momento e nas anteriores; atenção dispersa, dividida, voltada para as brigas, trapaças, roubos, em que esteja envolvido direta ou indiretamente, ou seja, simples apoiador, na sala de aula ou fora dela; perda de aulas por atraso ou retirada da sala por má conduta, ou ainda suspensões disciplinares, gerando descontinuidade na construção de determinados conhecimentos; descumprimento no horário regulamentar de tarefas que auxiliariam na desejada fixação e ampliação de conteúdos programáticos destinados a serem suportes de novos conhecimentos posteriores. Ou seja, a violência não raramente integra um currículo informal, sendo ela mesma objeto de aprendizado.
(Caos Markus)
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