A comunicação interativa, superada a unilateralidade do emissor na passividade do receptor, fornece um quadro compreensivo de vários aspectos cruciais ao desenvolvimento da inovação, percebida a comunicação enquanto condição decisiva no seu desenvolvimento e, por efeito, na sua viabilização e implementação. Inovação e comunicação interagem de forma profunda e complexa, pois nem todas as maneiras de pensar a comunicação auxiliam no entendimento da atual dinâmica dos processos inovadores. O meio ambiente externo às instituições, principalmente as dedicadas ao ensino, influencia poderosamente o que se passa dentro delas. Antes, tudo mudava linearmente, vagarosamente e de maneira quase sequencial. Entretanto, profundas alterações são agora confirmadas, em direção à intensificação das inter-relações criadoras de maior interdependência entre a variedade de atores atuantes no desenvolvimento das organizações, seus produtos e serviços, e seus relacionamentos com os mais diversos públicos alvos. A intensa e abrupta natureza de rupturas da modernidade trouxeram a imprevisibilidade e a incerteza dos ambientes em geral, com destaque ao contextos educacionais. Neste cenário, inovar é preciso, e para isso é indispensável comunicar de forma adequada aos novos desafios. Comunicar neste cenário caótico requer modos mais flexíveis e dinâmicos de discernimento dos fenômenos comunicacionais, sempre verificados em condições marcadas pela celeridade e complexidade. Antigas formas de pensar a comunicação estavam mais preocupadas em produzir resultados competitivos a partir da maior uniformidade possível nas ações (internas e externas). No entanto, atualmente são bem mais elaboradas em suas interações, onde discentes, por exemplo, interagem compartilhando interesses simultaneamente coincidentes e conflitantes. Tais comunidades precisam atuar em conjunto, identificar problemas com rapidez, tomar decisões objetivas, e agir com precisão e acerto. Fundamentalmente, não há inovação no processo de educação sem a sistematização dos meios de comunicação nas principais frentes responsáveis pelo seu desenvolvimento, de forma a imprimir realidade ao universo relacional dos entes co-partícipes, vencendo os desafios apresentados pelo dinamismo da informação na errônea tradução da verdadeira formação.
(Caos Markus)
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