Por sermos os herdeiros da história das concepções de objetivos e direções próprios da Educação, a História permanece ativamente introjetada e expressa em nossas crenças e práticas, fornecendo a compreensão das questões atuais, a nos preocupar e a nos dividir.
Nesta compreensão, há três aspectos das quais a educação formal não pode se furtar. São eles: 1) a educação permanente, pela qual o ser humano tem de ser despertado para sua incompletude, pois, assim, nunca está pronto ou acabado, mas, sim, está vivendo em um contexto de avanço das tecnologias de produção, de modificação da organização do trabalho, das relações contratuais capital-trabalho e dos tipos de emprego, onde a vivência profissional e pessoal exige o acompanhamento do conhecimento; 2) a formação integral, através do desenvolvimento de atitudes para a globalidade planetária; 3) exercício da cidadania, o instrumento para aprender a ser e para aprender a conviver, o que só só pode ocorrer de maneira consciente, crítica e com autonomia.
Na ausência de observação destes três princípios, o prevalecimento é do capitalismo a reavaliar seus objetivos em busca da manutenção da hegemonia. Enquanto os grupos fundamentalistas se reorganizam para combater a hegemonia capitalista, a humanidade, clamando por paz, tolerância e inclusão, a Educação encontra-se nesse campo minado. Pois, os países centrais (ricos) optaram por reformas educacionais subordinadas à escolarização de sua população às exigências do mercado. Os países periféricos (em desenvolvimento ou subdesenvolvidos) submetem-se à reforma educacional traçada pelos organismos internacionais. Organismos que se empenham na reformulação do papel do Estado na educação porque estão preocupados com a exclusão, a segregação e a marginalização social das populações pobres. Porém, não o fazem por motivos de ordem humanitária, e sim em razão de essas condições constituírem fatores impeditivos ao desenvolvimento do capitalismo, ou melhor, serem uma ameaça à estabilidade e à ordem nas nações ricas.
(Caos Markus)
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