Episódio histórico do Brasil Imperial, 'A Noite das Garrafadas' perdurou, de fato, por vários dias.
Tudo começou no dia 20 de Novembro de 1830, com o assassinato do jornalista Líbero Badaró, fundador do "Observador Constitucional", um periódico liberal, conhecido por denunciar o autoritarismo de D. Pedro I.
O crime foi cometido por quatro desconhecidos, mas a suspeita do assassinato ficou sobre o próprio governante, considerado por muitas pessoas como o mandante.
A pressão ocasionada por esta situação fez com que D. Pedro viajasse para Minas Gerais, em fevereiro de 1831. Porém, em cada cidade por onde passava ouvia o clamor do povo insatisfeito, gritando palavras de ordem contra ele, e vaiando quem porventura o recebesse com educação.
Sem conseguir dominar a agitação no país, D. Pedro I volta ao Rio de Janeiro, no dia 11 de março, lá encontrando ferrenha oposição, com manifestos nas ruas da cidade. Durante os dias 12, 13 e 14 de março aconteceram conflitos no Rio de Janeiro envolvendo os constitucionalistas (defensores da Assembléia Geral), e os absolutistas, portugueses (adeptos do governo de D. Pedro).
No dia 13 de Março, os portugueses organizaram uma festa de boas-vindas para D. Pedro, com o objetivo de promover suas ideias absolutistas e de tentar reanimar o governador. Porém, um conflito culminou com os ataques dos revoltosos liberais, que utilizaram pedras e garrafas para destruir a ornamentação preparada para a recepção da Caravana Real. Neste dia, houve uma disputa violenta entre os aliados do imperador e os liberais.
Os portugueses refugiaram-se em suas casas atirando de lá pedras e garrafas quebradas nos liberais. O conflito se prolongou nos dias seguintes, sendo depredada uma agência do Banco do Brasil, contra a qual os vândalos e baderneiros atiraram artefatos caseiros (à época, ignorados pelos milicianos; hoje, conhecidos como coquetéis molotov).
A situação resultou na abdicação do trono por D. Pedro, em favor de seu filho de apenas 5 anos de idade (o primeiro caso registrado de menor abandonado no Brasil), D. Pedro de Alcântara, no dia 7 de Abril de 1931. D. Pedro deixou de ser imperador do Brasil e em seguida abandonou o pais.
(copydesk, Caos Markus)
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