O espírito pós-moderno não acredita mais em uma razão fundadora capaz de nos proporcionar uma base sólida, que permita a formulação de uma visão da realidade, do homem e de seus comportamentos. Encontram-se também sob séria desconfiança os grandes relatos que pretendiam dar um sentido à história e legitimar os projetos políticos, econômicos e sociais. Por fim, duvida-se do projeto da modernidade enquanto estilo de pensamento e modo de vida desenvolvimentista, competitivista e funcionalista.
Percebe-se, cada época histórica é marcada pela luta de poder, que pode ser a autoridade da tradição ou o poder manifesto do conhecimento da filosofia, da espiritualidade, da ciência, das artes, da tecnologia ou, até mesmo, do capital.
No entanto, neste momento histórico, quando se vive a era da democratização liberal, o que se deve esperar da educação?
Apenas tardiamente, na história das democracias liberais, a política educacional foi formulada para, e dirigida a indivíduos presumidamente autônomos, que determinam seus próprios fins, que estruturam suas próprias vidas. Em lugar nenhum, a filosofia da educação é mais importante, a educação em si mesma é mais crucial, e em lugar nenhum é mais negligenciada; do que em uma democracia participativa liberal, cujos compromissos igualitários tornam cada indivíduo legislador e sujeito.
A educação encontra-se tensa ante a perspectiva do fim da instituição social formal, em que teria início um processo de desescolarização da sociedade. Os teóricos da educação apontam para o início de um processo de reestruturação da educação formal, especialmente da instituição 'escola' como se conhece.
A educação formal pós-moderna, em busca de uma pedagogia inclusiva, anseia por um convívio mais próximo com a educação não formal em um movimento de integração e articulação para a formação do cidadão da aldeia global.
(Caos Markus)
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