REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
domingo, 28 de abril de 2013
QUARTA-FEIRA, 1 DE MAIO DE 2013: "O VOTO QUE ANULA"
Em todas as eleições, a certeza de que fizemos uma boa escolha, a convicção de que no ex-terceiro mundo, agora países "emergentes" há um terceiro turno está mais intimamente vinculada à legenda suprapartidária dos magazines, quando cédulas cedem lugar a duplicatas mil, nas promoções da vida inteira. Aliás, quantas reencarnações serão necessárias para plena quitaçãos da felicidade à prazo? Pois, carnês são neste imaginário terceiro turno a única certeza do paraíso terrestre; e a panfletagem das lojas dão conta de toda sorte de liquidação.
Compre, compre, compre tudo o que puder. Depois, converse com seu novo liqüidificador da última liquidação no atacado da sua incapacidade de consumir o que efetivamente necessita; pergunte ao microondas que estoura pipocas e os seus miolos ( se é que tem algum) porque e como os americanos do norte "lutam" e interferem em territórios mundo afora, a milhas de distância dos E.U.A.
Indague, eleitor-consumidor desse Brasil varonil, do seu micro-célebro eletrônico de penúltima geração ( os nossos japoneses são melhores que os brasileiros dos japoneses. Complicado, não?) por que é que os latinos são utilizados como personagens da bandidagens dos guetos nova-iorquinos, nas películas do Tio Sam, quase sempre consumidas pelos próprios latinos.
Mas, sobretudo, não perca a esperança, pois o verde, dizem, é "esperança", mesmo não se sabendo qual deles: se o ecológico, o aparentemente lógico, ou qualquer sinal de trânsito. Afinal, brasileiro não tem predileção partidária, não possue necessariamente convicção ideológica propriamente dita; brasileiro quando vota, vota na esperança - uma esperança momentânea, mais inclinada à possibilidade de um consumismo imediato porque brasileiro quer esquecer o passado, mas não se incomoda quase nada com o futuro; ou melhor, o seu futuro é pasmar com a próxima tv à plasma, a próxima "suave" prestação, o mais novo status de quem compra freezer, mesmo que não tenha mais de quinhentos gramas de carne moída para guardar, quer dizer, congelar.
E, de voto em voto, expresso tácito, nulo, branco ( porque essas também são manifestações de "esperança", esperança de que protestando a coisa toma jeito), voto ininteligível de intenções de voto que não conseguiram traduzir-se em gestos de votos, mas acabam por eleger o analfabetismo em primeiro turno, e com um invejável percentual de vantagem sobre os outros votos, ou sejam, os votos dos semi-analfabetos ou, politicamente correto, analfabetos funcionais, Então, de voto em voto, o brasileiro reacende a secreta esperança. Muito mais secreta que o próprio voto, pois todo mundo faz uma questão danada de "explicar" o seu, numa tentativa nula de parecer consciente para anular a esperança alheia.
(Caos Markus)
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