REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
domingo, 17 de março de 2013
SÁBADO, 23 DE MARÇO DE 2013: "A FOME QUE MATA A SEDE"
Tanto quanto a guerra, também a fome não obedece a qualquer lei natural. É fruto, sim, da mais concreta criação humana. Farta documentação obtida por antropólogos dão conta de que entre os achados paleontológicos dos grupos humanos mais primitivos não se encontram instrumentos nem sinais da existência da guerra organizada; e tampouco há qualquer indício, nos esqueletos fossilizados desses grupos, de sinais de carências alimentares. Conclui-se, fome e guerra surgiram quando o homem passou a defender as reservas acumuladas, em oposição à distribuição das riquezas naturais.
Contudo, se por um lado o ser humano conseguiu praticar esse absurdo, o de criar dificuldades à própria raça, justamente quando alcançara um aprimorado grau de cultura; por outro lado, também obteve em sua evolução a capacidade de se indignar. Essa indignação deu causa, muitas vezes, ao desenvolvimento de práticas políticas que procuravam ao menos minimizar o sofrimento da humanidade.
A Igreja, supostamente avalizando a reação dos indignados, ao pretender um pragmatismo como dever de ofício no combate à miséria, (intitulando-se docente em causas humanas), resvalou para um terreno que já fora de seu domínio nos primórdios de sua institucionalização -o campo político, dosando, então, a temporalidade com os desígnios do próprio homem.
Continuamente, o Evangelho de Cristo foi empunhado como arma poderosa na "denúncia contra os poderosos", ostentando o problema da fome como estandarte.
O pecado verdadeiramente inconfessável, todavia, é a manipulação da fome (acentuadamente no continente africano, porém, presente em todo o globo): apenas e lamentavelmente um pretexto, e não propriamente uma manifestação de fé.
Enfim, de fato o que se vê é a alegação fictícia (de políticas públicas e parcerias das mais hipotéticas) usada em nome do combate à fome, mas utilizada para outro fim: o de matar a sede, sempre insaciável, do capitalismo financeiro.
(Caos Markus)
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