Se é verdade que o indivíduo colhe o que semeia, essa premissa também vale para o coletivo. Então, varrer a "sujeira" para debaixo do grosso tapete, da qual resta a "lama" da conivência dos poderosos, é não admitir o mais óbvio: a nação brasileira, hoje degradada, investiu tão-somente nos privilégios de determinadas castas, através de governantes "menores" e "abandonados", na inércia típica dos que por 'Cultura'
indicam exclusivamente uma tela de Picasso ou um longa-metragem do "cult" cinema de vanguarda. E, imotivadamente perplexos, significativa parcela dos ditos "homens públicos" quer reconduzir os "meninos infratores" ao caminho da "moral e dos bons costumes". Mas como , se mal-educados (e entenda-se "educação" pela correta expressão do vocábulo, em sua origem latina -"educare", significando "conduzir") têm, eles mesmos, os adultos, se comportado sob padrões de aviltamento à Política, país afora?! Afinal, não tem sido "conduzido" imensa legião de brasileiros, desde a mais tenra idade, a uma moral paralela, a um código alternativo -o da sobrevivência pela "seleção" da própria éspecie-, numa absurda interpretação darwiniana?!
Tutelados de maneira torpe por um Estado que perdeu a sua razão de ser, dominados pelo populismo demagógico dos planos assistencialistas (baseados na distribuição de "sobras" da riqueza nacional), crianças e adolescentes são hoje um "excedente" que se "exporta" pela adoção internacional, ou se "consome" no vazio das propagandas oficiais e oficiosas salvacionistas; ou, ainda, se recicla no lixo da escória social.
Trata-se de um "remaker" de "O Médico e o Monstro", onde o "criador" já não se sabe o que fazer com a "criatura", temendo a "obra" já fora do seu controle.
É o Estado semeando a injustiça e colhendo a corrupção da sociedade. É a "menoridade" da cultura pátria, assustada com a "maioridade" das sequelas de um projeto nacional voltado à segregação.
É a lei da causa e efeito.
(Caos Markus)
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