Em nossa compartilhada gênese, do ego contemplo mil séculos. E, percebo, pirâmides forjaram super-homens dementes, no padecimento da alma-prima. Do verbo criador ao ato criativo, percorrendo toda a ancestralidade, salta aos olhos a reprodução impensada no instinto já então raciocinado.
Por conta do olvidado, como que pretendendo atenuar a impossibilidade de resgate, o pretérito habitual é motriz da sucessão num continente sedimentado em raças de humano aluvião; abdicado o espólio.
Por exato paradoxo, a revolução que revogando a existência suprime os fatos. Tudo para assegurar 'patrimatrimônio' da estirpe sem qualquer condução. Menosprezado o vínculo, adulterados laços, os que rompem mas não ousam, que hesitam e, ainda assim, confirmam as provas. Tudo em instrução sem nenhuma veraz postulação.
Antecipado o gesto, é quase incesto a dor moral do golpe presto na mira do futuro incerto. Porque determinado só será o múltiplo de geométrica progressão a impressionar na ilusória dízima de períodos tantos. E com a sugestão de que há processos findos de divina e permanente autoria.
Tudo como se existir depois e agora fosse o absoluto venerável. Porque o diverso seria atentado ao lugar certo e sabido na história do inconsciente coletivo, ressureição de pagãos a quem única gruta se destina, ocultada no desatino da inadmissão que afiança o débil intelecto.
Senão, como (jus) tificar a crueldade do litígio, quando, por ambíguo acordo, sucumbe o espírito vindouro em nome da paz passada à limpo por fatais torturas?
Estamos sem significação, artistas rupestres de ícones que somos! E doravante, como antes, as notas de rodapé falarão muito mais que as inúmeras resenhas autobiográficas escritas todos os dias nesta nossa curta existência, garantindo no prelo ulteriores edições revisadas da vida que ingenuamente enxergamos sempre inédita.
(Caos Markus)
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