Não se pode falar de inconsciente senão relacionado-o a estados e atos passíveis de serem conscientes.
A fim de se ter uma noção lógica do inconsciente, é necessário não olhar onde há apenas o fisiológico. Se deixamos de filosofar sobre a essência da natureza, é indispensável a distinção em dois domínios. Assim, para a psicologia, o fisiológico não poderá ser consciente ou inconsciente.
Apesar de tudo, as filosofias do inconsciente têm a sua importância porque valorizam a idéia de uma força inconsciente que governaria a atividade consciente. Percebem que o inconsciente regularmente sustenta o consciente, o fazendo a título de instinto ou de tendência; e analisam positivamente o seu papel nas decisões voluntárias, nos sonhos e nos temperamentos.
Por isso tudo, é compreensível a idéia de que a vida subconsciente do espírito possa decorrer explicitamente de produções da metafísica do inconsciente.
Por consequência, admissível a compreensão: abaixo da superfície mais evidente à observação interior, prolonga-se uma obscura e despercebida região, plena de fenômenos de ordem psicológica, dos quais somente são assimilados os últimos efeitos, diversamente combinados e alterados.
Das raízes do inconsciente, pois, surgem, um a um, cada fato consciente.
(Caos Markus)
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