Políticos vão, políticos vem. Todos, qual mariposas, gravitam em torno da ofuscante luz do poder. Há os que pretendem irradiar luz própria, clareando a caminhada de quem almeja mas não sabe respirar mas aliviado. Há outros, aqueles que viram arcos-íris e vestem-se de camaleão, no inverno crepuscular das gentes opacas. Que diferença substancial pode distinguir este que assume um governo e aquele que o deixa? Nenhuma. Somente um lapso de tempo os separa, pois que nos bastidores se revezam em protagonista e figurante, a apresentarem a peça que os aplaudirá, a assistida por uma platéia que jamais perde uma encenação do seu próprio enredo. Quem deixou o segundo ato no pano de fundo, prepara a nova maquiagem do "avant-premier"; quem volta nunca se foi. Se não parece assim é porque o trabalho do contra-regras ilude, em sons mixados, os discursos escritos pelo único autor - o povo. Mas, o povo. . . ! O povo não percebe a troca de cenário, habilmente manipulada para o show continuar. Entre ovações e apupos, êxtase e delírio, pranto e gargalhada, dá o povo o colorido do moto contínuo. E tudo orquestrado, vem da coxia o execrável espetáculo... (Marcus Moreira Machado)
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