REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 9 de março de 2013
QUARTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2013: "SUBSÍDIOS À EDUCAÇÃO DA CIDADANIA"
As inter-relações entre comunicação e educação geralmente são tratadas no âmbito da educação formal.
Mais contemporaneamente, são muitas as pesquisas na recém inaugurada ‘edu-comunicação’, forjada em processos de ‘educação informal’ no contexto de variada gama de organizações, dos movimentos populares aos núcleos comunitários. Trata-se de um tipo de manifestação comunicativa extremamente significativa no Brasil e na América Latina. O estudo desta vertente baseia-se tanto em ‘pesquisa bibliográfica’ quanto em ‘reflexões’ a partir de ‘observação participante’. Infere-se, na prática, a efetiva presença de características próprias, entre elas, a da ‘participação ativa’ no processo ‘educação-aprendizagem’, dotado de conteúdos condizentes com as realidades locais. De real significado, essa é comunicação produzida por setores subalternos,mas que, organizados, vêm contribuindo para ampliar o panorama educativo em torno do exercício da cidadania.
Os estudos sobre comunicação e educação tendem a abordar as relações e as inter-relaçõesentre os dois campos do conhecimento, principalmente a questão do ‘ensino-aprendizagem’, sob a mediação de um sistema comunicativo; compreendendo a utilização (nas instituições de ensino) de ‘meios de comunicação’ na educação presencial; o papel da mídia no processo de educação; a educação voltada à recepção crítica das mensagens transmitidas através dos meios massivos, destacadamente a televisão e, em vertiginosa progressão, a internet.
As referências sinalizam um complexo de investigações em expansão, contribuindo expressivamente no entendimento desses fenômenos, não obstante a insuficiência na assimilação e incorporação (enquanto método) pelos educadores e comunicadores. Isso porque outra é a perspectiva na ‘edu-comunicação: forjada em outro lugar, no âmbito da educação informal, mais precisamente a que ocorre no contexto de organização e ação dos movimentos populares e das organizações não governamentais, no ‘espaço’ do terceiro setor, com o propósito de assegurar a observância aos direitos fundamentais da pessoa humana, e fixando-se em temáticas sociais mais amplas, relacionadas ao conjunto da sociedade (questões relativas à ecologia, à possibilidade da paz em constante construção e à própria vida no planeta).
Nas últimas décadas, manifestações de tal ordem, ocorridas em nível da sociedade civil, revelam a existência de uma ‘comunicação diferenciada’, a partir dos envolvimentos aqui indicados, principalmente aqueles gerados nos segmentos marginalizados da população ou a eles vinculados de modo orgânico. As pessoas, ao participarem de uma práxis cotidiana dirigida aos interesses e às necessidades dos próprios grupos a que pertencem, são inseridas na informalidade da educação face a uma inédita metodologia inclusiva, pela elaboração e reelaboração das culturas populares e através formação de fato cidadã. Essa modalidade de manifestação organizativa-cultural vem se fortalecendo no Brasil e na América Latina, em razão das peculiaridades nessas regiões, onde a grande maioria é excluída das benesses do desenvolvimento, diante de grandes transformações sociais verificadas nas duas últimas décadas. Por isso, denota-se ênfase em pesquisa bibliográfica cujos conteúdos acerca do papel político dos movimentos sociais são relevantes, observados em relatos de experiências de comunicação ‘popular-comunitária participante’. Reflete tal pedagogia o olhar atento às dimensões da cidadania, admitidas apenas na condição de frutos das formulações produzidas pela população rumo à qualificação de povo soberano.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 2013: "A TOGA NO LUSCO-FUSCO"
Eu creio, dentre os operadores do Direito, ao advogado cabe, sem dúvida alguma, função destacada.
Perceba, face a norma processual "ao juiz é dado o livre convencimento, diante das provas nos autos", se considerarmos, por distante analogia, três magistrados observando, no lusco-fusco, um objeto pendurado num galho de frondosa árvore, quais as declarações dos togados, todas elas supostasmente incontestáveis?
Haverá aquele, convicção inabalável, a afirmar ser um mico-leão- dourado o tal objeto. Outro, absolutamente persuadido, não pensará duas vezes para asseverar tratar-se de um morcego. Finalmente,o terceiro, sem qualquer hesitação, certificará que é tão-somente uma pipa balançando no galho da árvore.
Qual a nossa função primordial na advocacia, senão a de "convencermos" Sua Excelência, mesmo não passando,em sua imensa maioria, de indivíduos arrogantes. Não o sujeito que arrazoa,mas sim o soberbo, insolente. Há exceções. Porém, sempre são exceções que confirmam a regra.
Noutras palavras, não estamos nós, os advogados, restritos a 'pedir' algo 'para' alguém, ou, o "ad-vocacio". Temos de convencer, enquanto juízes se "convencem" nos limites da sua exclusiva "visão".
(Caos Markus)
quinta-feira, 7 de março de 2013
SEGUNDA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2013: "PORTA-VOZ DA PRÓPRIA VOZ"
A cada dia, mais é aceito o conceito da formação cultural dos seres humanos, nas sociedades contemporâneas, trilhando intermediações do cotidiano marcadas pela complexidade. Intermediações emergentes através da comunicação interpessoal, grupal e em larga escala, ampliando-se pela implementação de novas tecnologias.
Por sua vez, a educação, entre outras dimensões, implica um educar-se a si mesmo. Educar-se é envolver-se em um processo de múltiplos fluxos comunicativos. O sistema será tanto mais educativo quanto mais rica for a trama de interações comunicacionais abertas à disposição dos educandos.
A comunicação educativa concebida a partir dessa matriz pedagógica teria como uma de suas funções capitais a provisão de estratégias, meios e métodos destinados a promover o desenvolvimento da competência comunicativa dos sujeitos educandos.
Esse desenvolvimento supõe a geração de vias horizontais de interlocução.
Está aí o âmago da questão da educação para a cidadania nos movimentos sociais: na inserção das pessoas num processo de comunicação, onde ela pode tornar-se sujeito do seu processo de conhecimento, onde ela pode educar-se através de seu engajamento em atividades concretas no âmbito de novas relações de sociabilidade, em um tal ambiente a permitir sejam construídas.
Tudo isso diz respeito a uma mudança de postura, de uma “cultura do silêncio” das maiorias, ou a cultura da submissão, do cidadão ausente, de um cidadão sem voz, para outra concreta cidadania.
Diluíram-se, em boa medida, aquelas instituições, os espaços nos quais o cidadão se formava, ao mesmo tempo em que exercia a cidadania. No momento, há uma multiplicidade de movimentos, ainda incipientes, é verdade, construindo, por um lado, uma superação, em determinado grau, do silêncio. Existe uma insubmissão, uma rebeldia frente ao poder da Igreja, do Estado, da Escola, a confrontação com muitos poderes. Há elementos de uma nova sociabilidade, uma nova agenda de temas importantes para as pessoas.
Esses movimentos, pequenos, em sua maioria desarticulados, enquanto se organizam, articulando a escola, em concomitância aos meios de comunicação comunitários, iniciam a criação de redes de formação de cidadãos dotados de eficácia, dando corpo a essas vozes dispersas, não só no espaço regional mas também no espaço nacional.
No contexto de tais movimentos, desenvolvem-se experiências de uma comunicação a qual pode-se denominar de ‘popular’ ou ‘comunitária’, evidenciando características típicas, como se observa no exercício da participação direta.
Nesse meio, há possibilidades de os receptores das mensagens dos meios de comunicação tornarem-se também seus produtores, os novos emissores do processo de comunicação. Ou, cada indivíduo o porta-voz da sua própria voz.
(Caos Markus)
quarta-feira, 6 de março de 2013
SÁBADO, 9 DE MARÇO DE 2013: "PODER SEM PRECONCEITO"
O PODER NÃO TEM PRECONCEITO
Joaquim Barbosa, presidente do STF, achincalha a Imprensa
"Vá chafurdar no lixo", diz presidente do STF a jornalista
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, chamou nesta terça-feira (5/03/13) de "palhaço" um repórter de um jornal paulistano, e recomendou que ele fosse "chafurdar no lixo".
A fala ocorreu na saída da reunião do Conselho Nacional de Justiça, que também é presidido por Barbosa.
Ao deixar o local, Barbosa era aguardado por jornalistas. Na primeira abordagem, o ministro interrompeu a pergunta iniciada pelo repórter e o destratou aos gritos.
O repórter perguntou: "Presidente, como o senhor está vendo...". Barbosa não o deixou concluir e respondeu: "Não estou vendo nada. Me deixa em paz, rapaz. Vá chafurdar no lixo como você faz sempre".
O jornalista questionou o comportamento do ministro. "Que é isso ministro, o que houve?".
"Estou pedindo, me deixe em paz.", devolveu.
"Eu tenho que fazer pergunta que é o meu trabalho", retrucou.
Ainda mais irritado, Barbosa afirmou que não tinha nada a declarar. "Eu não tenho nada a lhe dizer, não quero nem saber do que o senhor está tratando", afirmou.
Afastado por assessores, Barbosa ainda chamou o repórter de "palhaço" ao entrar em um elevador.
Os jornalistas esperavam Barbosa para repercutir a nota divulgada pelas três maiores entidades de juízes do país (AMB, Ajufe e Anamatra) no fim de semana.
As entidades criticaram Barbosa por ele ter dito em entrevista que a magistratura tem mentalidade pró-impunidade, e afirmam que ele vive situação de "isolacionismo" e "parte do pressuposto de ser o único detentor da verdade".
Em novembro passado, Barbosa já havia criticado um repórter negro como ele que, segundo o presidente do STF, teria replicado estereótipos racistas ao perguntar se ele estava sereno no novo cargo.
(copydesk, Caos Markus)
domingo, 3 de março de 2013
SEXTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2013: "SUFFRAGIUM PAPAL"
O MINISTRO DA EUCARISTIA CAOS MARKUS ESTÁ EM CAMPANHA NO VATICANO PELA DEFESA DO VOTO NULO NO SUFFRAGIUM DO SUMO PONTÍFICE.
ARGUMENTA MARKUS JUNTO AO COLÉGIO DE CARDEAIS:
"O VOTO DE PROTESTO À RENÚNCIA DE BENTO XVI
COLOCA EM RISCO O GOVERNO EPISCOPAL, PRECIPITANDO A EXTINÇÃO DA PRÓPRIA IGREJA CATÓLICA".
E ALTERNATIVAMENTE PROPÕE A ELEIÇÃO DIRETA AO CARGO VACANTE, CONSIDERANDO ELEITORES TODOS OS FIÉIS SEGUIDORES ECLESIAIS.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2013: "O CÉU E O CONCLAVE PODEM ESPERAR"
O livro do Êxodo conta que os filhos de Israel, tendo fugido do Egito, caminharam pelo deserto durante 40 anos.
A palavra "Páscoa", de origem hebraica (Pessach), significa 'passagem', que já era celebrada pelos judeus antes mesmo do nascimento de Jesus Cristo (com outro sentido, o de liberdade, após os 430 anos da escravidão no Egito).
Mediante tais referências, NÃO HÁ RAZÃO EVIDENTE PARA A ESCOLHA DE UM NOVO PAPA ANTES DO PRÓXIMO DIA 31 DE MARÇO (comemoração da páscoa cristã, de significado especial e diferente, pois celebra o renascimento de Jesus Cristo e sua ascensão ao céu, dois dias depois da morte na cruz). Afinal, se a Igreja Católica entende que o Papa é o representante de Deus na terra -podendo ser usado por para interpretar 'Suas' profecias e seus símbolos-, a realização do CONCLAVE TEM DE OCORRER 40 ANOS APÓS A RENÚNCIA DE BENTO XVI. Porque, tal qual na páscoa dos hebreus, esse deverá ser o tempo de confinamento e espera, em virtude das faltas ainda hoje cometidas pelos cristãos, duvidando da capacidade do Senhor de lhes conduzir à Terra Prometida.
Enfim, se o céu pode esperar, o Conclave também.
(Caos Markus)
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
QUARTA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2013: "VOZ"
De tanto tudo delegarmos ao Estado, em todas as suas instâncias, acabamos por nos esquecer que nós somos a primeira instância.
E é a nossa voz a que tem de ser ouvida. Mudemos de UPP (Unidade de Polícia de Pacificação) para UPP - Unicidade de Política Participativa.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2013: "PARADIGMAS CULTURAIS NA EDUCAÇÃO"
Numa Cultura do Ensino, o foco do processo educacional está na instrução, notreinamento, no conteúdo e no controle. Há uma massificação do processo por se acreditar que basta haver o ensino para que a aprendizagem ocorra, sendo o ensino, ministrado da mesma forma, no mesmo tempo para todos. Em função da forma de conduzir o processo há um estímulo à competição.
O espaço educacional é hierárquico, o que propicia condutas de coação e conformismo, gerando respeito unilateral e solidariedade externa.
O processo educacional é centrado na atividade do professor, realizado por meio de instrução, exercícios e provas.
O conteúdo é ministrado numa sequência linear, fato que incentiva uma posição de consumidor passivo.
A interação é reativa, ou seja, acontece baseada na ação 'reação- estímulo-resposta'.
A avaliação é utilizada como controle, para testar, comparar e classificar. Objetiva-se o produto final.
O uso da tecnologia é visto como uma possibilidade a mais de passar conteúdos ou reforçá-los. Desta forma surgem os cursos clássicos mediados pela tecnologia.
Numa Cultura de Aprendizagem, o foco do processo educacional está na construção do conhecimento, na aprendizagem, no desenvolvimento de competências e habilidades. Há um respeito ao ritmo de desenvolvimento do sujeito, pois se acredita que a aprendizagem é um processo coletivo, significado individualmente estando relacionada às construções/significações anteriores do sujeito.
O espaço educacional é heterárquico, propiciando condutas de cooperação, gerando respeito mútuo e solidariedade interna.
O processo educacional é centrado na atividade do aprendente, identificação e resolução de problemas, professor como mediador e co-participante.
O conteúdo é construído na criação de redes de informação, o que incentiva a atividade do sujeito, a autoria e o desenvolvimento da autonomia.
A interação é mútua, ou seja, o processo é constantemente construído através de negociações realizadas pelos interagentes.
A avaliação é vista como processo, objetivando a correção de rumos.
O uso da tecnologia é visto como uma possibilidade a mais para a construção do conhecimento, baseado num processo de interação. Desta forma surgem as comunidades de aprendizagem, as redes de convivência, a educação aberta e a distância, a gestão do conhecimento.
O paradigma constituinte da Cultura do Ensino está fundamentado numa Sociedade Industrial e o paradigma da Cultura da Aprendizagem é impulsionado pela Sociedade em Rede.
Na Sociedade Industrial, o sistema educacional é um sistema fechado.
A organização do ensino é linear, sequencial e em patamares (séries, semestres, ano).
O currículo é pré-estabelecido no tempo e no espaço. Conteúdos fragmentados que seguem uma ordem linear com pré-requisitos rígidos - das partes para o todo - do mais fácil ao mais difícil. Disciplinas trabalhadas separadamente.
A capacitação dos professores é realizada através de cursos de aperfeiçoamento, centrados em técnicas para dar aula, organizar conteúdo, controlar a turma, testar os conhecimentos. O ambiente educacional tem suas bases na heteronomia. Apresenta-se rígido, hierárquico, diretivo, autoritário, coercivo, gerando dependência, competição e conformismo.
Incentiva o trabalho isolado e disciplinar. É centrado no professor, o qual define as regras, a direção e as atividades, e o aluno executa. É o ponto de encontro para o ensino formal, transmissão de informações.
A interação é reativa3, ou seja, o sistema por ser fechado não percebe o contexto, as noções de realidade, os processos significativos ou interpretativos. A interação é baseada no estímulo-resposta - relação causal - ação e reação. Por não efetuar trocas com o ambiente o sistema não evolui. Apresentam relações lineares e unilaterais. O reagente tem pouca ou nenhuma condição de alterar o agente. Há seqüência definida de acontecimentos sucessivos - demasiados determinístico, de pouca liberdade criativa. O "throughput" é mero reflexo ou automatismo - mecânico.
O ensino é baseado em "courseware". Inspirado na tradição oral - exposição, na competição, na recompensa, no erro como punição. A informação é trabalhada de forma isolada.
A metodologia é reprodutiva, centrada em aula expositiva, exercício e prática, retenção de fatos, trabalho isolado.
A avaliação tem como foco o resultado, é classificatória e excludente. Exige-se respostas corretas como forma de validar a aprendizagem, através da retenção de dados.
explicitados em testes e provas. O objetivo é controlar, punir e reforçar.
O suporte tecnológico é visto como simples instrumento auxiliar - um recurso a mais. O ambiente, por ser fechado, possibilita somente uma interação reativa. É linear e mecanicista -computador como máquina de ensinar. Nesses ambientes as questões e as respostas já estão "pré-questionadas" e "pré-respondidas" -programadas. A interface construída supõe que basta apresentar a informação ao aluno, que ele introjetará o conhecimento. Sendo que bastam reforços positivos e negativos para a regulação da “fixação” dos conteúdos. O conhecimento está pronto para ser “transmitido” e, quando isso acontece, se potencializa o aprendizado.
O aluno é visto como tábula rasa, consumidor passivo de conteúdos, repositório de informações (acredita-se que a informação é impressa na mente). Torna-se reprodutor, dependente, individualista e pouco comprometido. Memorização mecânica de informações.
O professor é visto como ensinante, agente, centro do processo de aprendizagem, transmissor do conhecimento, produtor de informações. Exibe comportamento autoritário -dissemina informações, controla a turma, pergunta e responde corretamente.
A aquisição de conhecimento só ocorre no sistema formal de ensino.
O Paradigma é o da transmissão do conhecimento.
Na Sociedade em Rede em que as pessoas passam a se conectar, os espaços se transformam, se interconectam, se sobrepõe; os tempos não são mais lineares e as hierarquias se dissipam. Os suportes magnéticos armazenam dinamicamente as informações e as distribuem atendendo às complexidades das novas condições ecológicas. Tudo isso possibilita pensarmos o sistema educacional como um sistema aberto.
A organização do ensino precisa considerar este novo contexto. Pode acontecer também em forma de rede, por áreas/células/disciplinas afins, por temas, por projetos.
O currículo pode ser construído no processo. Não há necessidade de uma seqüência única, geral e limitadora. Podem ser buscados novos modelos como: pré-requisito sendo definidos pelo aluno, juntamente com o professor em função do que deseja conhecer e o que já sabe. O currículo, sendo integrador, organizado interdisciplinarmente, funcionando em rede.
aberto, possibilita uma interação mútua. Parte de problemáticas emergentes para atualizações criativas e temporárias - as soluções não podem ser definidas por antecedência. Nesses ambientes se permite a construção, a livre exploração, a descoberta, a invenção. Qualquer questão pode ser colocada e as respostas podem ser construídas. A interface construída se ocupa do “ devir-outro” , da novidade, do imprevisível, serve como ponto de encontro para o diálogo entre diversos interagentes que se reúnem em trabalho cooperativo.
O aluno é visto como produtor ativo agente do processo de aprendizagem, sujeito com conhecimentos prévios, pensadores que elaboram teorias sobre o mundo. Torna-se pesquisador, autônomo, participativo, cooperativo e comprometido. Desenvolve a reflexão crítica -localiza e reflete sobre a informação. Intervêm na realidade, interagindo, estabelecendo relações e articulando conhecimentos. Assume o controle do seu processo de aprendizagem, decidindo junto o rumo do processo.
O professor é visto como alguém que também aprende, integrante do processo de aprendizagem, investigador, facilitador, instigador, problematizador, orientador, articulador
do processo de aprendizagem. Exibe comportamento interativo - educador, animador da inteligência, da aprendizagem.
A aquisição de conhecimento ocorre em qualquer lugar, a qualquer hora na sociedade interligada, em rede, não-linear, nem previsível,
incompatível com a idéia de caminhar do mais fácil para o mais difícil.
O paradigma é da construção do conhecimento.
(copydesk)
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
SEGUNDA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 2013: "A NOVA CULTURA DA APRENDIZAGEM"
O avanço tecnológico, característico da 'Sociedade da Informação', gerou uma euforia rumo à dubiedade entre 'comunicações' e 'comunicação'.
A multiplicidade de recursos e o excesso de indicações podem dificultar a compreensão e a integração da própria informação, atrofiando o pluralismo e o verdadeiro diálogo.
Apesar dessa suposta evolução, com os novos métodos à disposição, existirá nesta 'Sociedade de Informação' garantia na igualdade de ingresso a esses mesmos engenhos?
Esta nova 'Sociedade de Informação' é realmente mais democrática se comparada à antecedente, ou apenas forja 'novas-velhas' elites?
O conceito de Educação deve, por isso, evoluir com a superação das fronteiras do espaço e do tempo ao longo do qual o educando faz o seu itinerário de escolarização, percorrendo diferentes níveis de ensino, dando lugar a um processo de aprendizagem constante, isto é, facultando a cada indivíduo a capacidade de 'saber conduzir o seu destino', numa
civilização onde a celeridade das mudanças é conjugada ao fenômeno da globalização.
Os objetivos educacionais envolvem quatro aprendizagens fundamentais:'aprender a conhecer', isto é, 'adquirir os instrumentos de compreensão', combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias (significando, com efeito, 'aprender a aprender', pelo benefício das oportunidades oferecidas com a Educação no decorrer da vida); 'aprender a fazer', agindo sobre o meio envolvente, a fim de alcançar não somente uma qualificação profissional, porém, destacadamente, conquistar competências voltadas à capacitação no enfretamento da mais variada gama de situações, privilegiando o trabalho em equipe; 'aprender a viver em comunidade', na participação e cooperaração mútuas, observados os valores do pluralismo; 'aprender a ser', via essencial, pois, agregadora das três precedentes, viabilizando o desenvolvimento da personalidade, adquirindo habilidade e autonomia, discernimento e co-responsabilidade.
Se é um fato o acesso à informação e os mecanismos de participação nessa mesma informação (cada vez mais eficazes e diversificados), é indubitábel, a Escola não pode permanecer alheia a tais fenômenos.
A Escola deve integrar vários saberes e variadas fontes de alcance à informação, e tem de 'saber explorar' e 'ensinar a explorar' esses saberes e essas fontes.
Então, quais modificações são imprenscindíveis na Escola?
O ensino dito tradicional, baseado sobretudo na transmissão oral e escrita de conhecimentos e valores, será suprimido? Afinal, a pedagogia de difusão de conhecimentos pela comunicação oral e escrita (o chamado ensino "livresco") não é, por vezes, mais igualitária, se comparada a um ensino fundamentado em tecnologias da informação não garantidas a todos os discentes? E se tantas são as dúvidas em relação ao modelo de 'Sociedade de Informação' -implantada com a agilidade tendente à sua breve institucionalização-, não são poucas as hesitações acerca do papel de interação da Escola com o meio envolvente, pleno de desafios. Cada vez menos o acesso ao conhecimento passa pelo 'espaço-aula'.
A quem possui as janelas para a nova Sociedade de Informação (o PC com leitor de CD-Rom e DVD, a Internet, a TV por cabo etc.) é facultada a obtenção ilimitada de informações, jamais possível, a qualquer professor, poder transmiti-las entre quatro paredes.
A defasagem ainda existente entre a educação formal, face as inovações tecnológicas atuais, é identificada por uma observação atenta no cotidiano das escolas. Não apenas no uso das tecnologias e das suas potencialidades de comunicação, contudo, ainda considerando os conteúdos tratados, tanto quanto as formas de aquisição da informação e do conhecimento.
É ideia geral que o computador pode desempenhar um papel benéfico no processo de aprendizagem, e que isso pode ser conseguido de formas muito diferenciadas. Entretanto, parece evidente, a utilização do computador nem sempre tira partido das suas reais potencialidades, ao não induzir 'alterações na forma' como as pessoas aprendem.
Com recursos novos e tão poderosos, passíveis de se constituirem um fator de alteração substancial, ainda se faz um trabalho retrógrado, anterior a existência de tais modernos dispostivos. E, pior, visando obsoletos objetivos, sem qualquer real evolução a partir desse ponto.
O papel da tecnologia é ainda mais reducionista, quando fornece informação julgada pertinente, como se fosse ela própria também um professor, cabendo ao aluno um papel passivo e limitado, a receber e assimilar de maneira acrítica e nada criativa a informação disponibilizada.
O principal papel, todavia, das novas tecnologias poderá estar na forma como vão marcar as instituições educacionais, quer através da criação de espaços de interação e comunicação, quer pela multiplicidade de alternativas facilitadoras de expressão criativa, de realização de projetos e de reflexão crítica.
As novas tecnologias de informação não são um fim em si mesmo, e sim um meio (entre outros) de acesso à informação.
A própria informação é um meio, um instrumento na edificação da consciência individual e coletiva, pela construção de uma visão personalíssima do mundo.
Neste contexto, a escola deve desenvolver nos alunos a capacidade de avaliar criticamente toda a informação, de modo a torná-los mais atentos, mais ativos e intervenientes; simultaneamente, receptores e emissores de informação.
A escola deve assumir um papel de intermediária e moderadora neste 'caos' do 'tempo real', opondo-se-lhe um 'tempo de amadurecimento', permitindo então a apropriação consciente dos saberes
(Caos Markus)
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
DOMINGO, 3 DE MARÇO DE 2013: "A DOENÇA MENTAL DE ELLEN WHITE"
Fonte:
"Religião e Cultura Americana"é uma revista acadêmica
semestral editada pela University of California Press, em Berkeley, Califórnia, em nome do "Centro para o Estudo da Religião e Cultura Americana".
Publicada pela primeira vez em 1991, "Religião e Cultura Americana" discute a natureza, termos e dinâmica da religião nos Estados Unidos, e explora a interação entre religião e outr as esferas da cultura americana.
Com a idade de nove anos, Ellen foi golpeada com uma pedra atirada por um colega. A lesão desfigurou severamente seu nariz, e a deixou em coma por três semanas. Alguns neurologistas têm comentado que isso possa ter causado em Ellen White crises parciais e complexas alucinações, levando-a a acreditar que tinha visões de Deus. Ellen White foi diagnosticada com epilepsia do lobo temporal pela pediatra Delbert Hodder H., em em 1981, e novamente em 1984, por Molleurus Couperus, um dermatologista aposentado. Além disso, durante toda a sua vida Dudley M. Canright, um pastor adventista do sétimo dia que saiu da igreja, disse que ela teve uma complicação "de epilepsia, histeria, catalepsia, e êxtase", afirmando que suas visões eram apenas o resultado de seu infortúnio precoce.
Os sintomas apresentados pelos doentes que estão se recuperando de uma lesão grave na cabeça incluem dores de cabeça, tonturas, depressão, lentidão no pensamento, e diminuição da concentração e memória. Esses sintomas são observados nos escritos de Ellen White após a lesão na cabeça. Ela afirma que "era quase impossível para mim estudar e reter o que eu tinha aprendido". Quando ela frequentava a escola sua mão tremia tanto que ela não poderia fazer nenhum progresso em sua escrita. Ela relatava: "ao estudar as letras do meu livro, o fazia em conjunto; grandes gotas de suor caiam na minha testa, e eu ficava tonta, prestes a desmaiar."
Seu professor aconselhou-a a deixar a escola, até que sua saúde melhorasse, o que ela de fato fez. Três anos mais tarde, quando ela tinha 12, tentou voltar à escola. Mas sua saúde falhou mais uma vez, forçando-a a deixar a escola permanente.
Outro sintoma da epilepsia do lobo temporal, como foi observado por Sachdev e Waxman, em 1981, é a frequência e o grau de hipergrafia. Isto é visto de forma contínua ao longo da vida de Ellen White. Ela própria observou em seus escritos: "Eu senti que eu deveria ter descanso, mas não podia ver nenhuma oportunidade para alívio. Eu estava falando às pessoas várias vezes por semana, e escrevia muitas páginas de testemunhos pessoais (...) O sangue corria para o meu cérebro, frequentemente, levando-me a cambalear e quase cair. Eu tive sangramento com frequência, especialmente depois de fazer esforço para escrever. Fui obrigada a deixar de lado a minha escrita, mas não podia jogar fora a carga de ansiedade e responsabilidade em cima de mim (...). Eu, então, escrevi uma parte do que foi me mostrado em relação ao Instituto, mas não podia abordar todo o assunto por causa da pressão de sangue para o cérebro (...). Eu supunha que depois de descansar alguns dias, eu poderia voltar a retomar minha escrita. Mas, para minha grande tristeza, descobri que a condição do meu cérebro tornou impossível para mim escrever. (...). A idéia de escrever depoimentos, geral ou pessoal, me foi dada, e eu estava em perigo constante, porque eu não poderia escrevê-los ". (Testimonies, vol. 1, páginas 576-577).
Congruência restante com a moderna sintomatologia médica e exames, a partir da perspectiva do conhecimento clínico atual, confirma que as experiências visionárias de Ellen G. White e suas características comportamentais podem ter sido influência de uma desordem neurológica de base.
(Coydesk, Caos Markus)
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