REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 9 de março de 2013
QUARTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2013: "SUBSÍDIOS À EDUCAÇÃO DA CIDADANIA"
As inter-relações entre comunicação e educação geralmente são tratadas no âmbito da educação formal.
Mais contemporaneamente, são muitas as pesquisas na recém inaugurada ‘edu-comunicação’, forjada em processos de ‘educação informal’ no contexto de variada gama de organizações, dos movimentos populares aos núcleos comunitários. Trata-se de um tipo de manifestação comunicativa extremamente significativa no Brasil e na América Latina. O estudo desta vertente baseia-se tanto em ‘pesquisa bibliográfica’ quanto em ‘reflexões’ a partir de ‘observação participante’. Infere-se, na prática, a efetiva presença de características próprias, entre elas, a da ‘participação ativa’ no processo ‘educação-aprendizagem’, dotado de conteúdos condizentes com as realidades locais. De real significado, essa é comunicação produzida por setores subalternos,mas que, organizados, vêm contribuindo para ampliar o panorama educativo em torno do exercício da cidadania.
Os estudos sobre comunicação e educação tendem a abordar as relações e as inter-relaçõesentre os dois campos do conhecimento, principalmente a questão do ‘ensino-aprendizagem’, sob a mediação de um sistema comunicativo; compreendendo a utilização (nas instituições de ensino) de ‘meios de comunicação’ na educação presencial; o papel da mídia no processo de educação; a educação voltada à recepção crítica das mensagens transmitidas através dos meios massivos, destacadamente a televisão e, em vertiginosa progressão, a internet.
As referências sinalizam um complexo de investigações em expansão, contribuindo expressivamente no entendimento desses fenômenos, não obstante a insuficiência na assimilação e incorporação (enquanto método) pelos educadores e comunicadores. Isso porque outra é a perspectiva na ‘edu-comunicação: forjada em outro lugar, no âmbito da educação informal, mais precisamente a que ocorre no contexto de organização e ação dos movimentos populares e das organizações não governamentais, no ‘espaço’ do terceiro setor, com o propósito de assegurar a observância aos direitos fundamentais da pessoa humana, e fixando-se em temáticas sociais mais amplas, relacionadas ao conjunto da sociedade (questões relativas à ecologia, à possibilidade da paz em constante construção e à própria vida no planeta).
Nas últimas décadas, manifestações de tal ordem, ocorridas em nível da sociedade civil, revelam a existência de uma ‘comunicação diferenciada’, a partir dos envolvimentos aqui indicados, principalmente aqueles gerados nos segmentos marginalizados da população ou a eles vinculados de modo orgânico. As pessoas, ao participarem de uma práxis cotidiana dirigida aos interesses e às necessidades dos próprios grupos a que pertencem, são inseridas na informalidade da educação face a uma inédita metodologia inclusiva, pela elaboração e reelaboração das culturas populares e através formação de fato cidadã. Essa modalidade de manifestação organizativa-cultural vem se fortalecendo no Brasil e na América Latina, em razão das peculiaridades nessas regiões, onde a grande maioria é excluída das benesses do desenvolvimento, diante de grandes transformações sociais verificadas nas duas últimas décadas. Por isso, denota-se ênfase em pesquisa bibliográfica cujos conteúdos acerca do papel político dos movimentos sociais são relevantes, observados em relatos de experiências de comunicação ‘popular-comunitária participante’. Reflete tal pedagogia o olhar atento às dimensões da cidadania, admitidas apenas na condição de frutos das formulações produzidas pela população rumo à qualificação de povo soberano.
(Caos Markus)
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