REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quinta-feira, 14 de março de 2013
DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013:"A AUTO-SUSTENTABILIDADE DO CAPITALISMO"
O homem procura alicerces para reconstituir os danos que vêm sendo causados ao meio ambiente.
Auto-sustentabilidade é a implementação de normas em projetos que exploram recursos naturais e afetam diretamente o meio ambiente. Assim, estratégias de equilibrio ecológico foram traçadas para que tais explorações causem o mínimo impacto possivel sobre o meio-ambiente; que dêem tempo à natureza de recompor os próprios recursos; e que tenham retorno monetário suficiente para o sustento das pessoas envolvidas, de modo que não precisem super-explorar o meio, com um ressarcimento justo.
A redução gera uma discussão capitalista que confronta as reformas de conduta ambiental, mas o mais importante é conhecer como isso vem crescendo e tomando espaço na mente dos empresários e empreendedores.
A auto-sustentabilidade traz uma visão holística para o mercado, que vem adotando esse conceito. Algumas poucas empresas assumem custos mais altos e oferecem produtos mais caros para um público consciente de sua responsabilidade ecológica (como os produtos orgânicos, materias de fonte reciclável e outros).Porém, não atingem as classes menos favorecidas, preocupadas com um custo mais baixo, e um consumo ecologicamente correto.
Infere-se, portanto, que a economia de livre mercado, ou seja, o Capitalismo, por sua característica marcante -a de estratificação (através de classes sociais financeiramente diferenciadas) é por si só a maior restrição à pretendida auto-sustentabilidade no cenário ecológico mundial.
Noutras palavras, Capitalismo é, por sua essência, o primeiríssimo inimigo da Ecologia, porque a defesa desta contraria os interesses e objetivos daqule.
(Caos Markus)
SÁBADO,16 DE MARÇO DE 2013: "PÓS-QUESTIONANDO"
A consciência será sempre consciência intencional de algo, ou seja, 'consciência de'.
Neste sentido, a consciência já nasce (trans) portada para algo que ela própria não é; levada a um ser que a portará, um ser cuja transcendência é dela o objetivo a ser alcançado. Mas, convém ressaltar, ela própria não é esse ser. Por consequência, não há que se considerar com ênfase imerecida qualquer separação clássica entre 'sujeito' e 'objeto'. Toda consciência é 'de algo' e todo objeto é 'para a consciência de'.
Neste contexto, nota-se, não há a mínima possibilidade de existir consciência intencional do 'não ser'.
É inconcebível até mesmo supor o 'ser' para a 'consciência do indivíduo' como 'inexistente'. Porque o pensamento (na medida em que toda consciência é consciência de alguma coisa) seria desprovido de objeto. E nessa circunstância, conclui-se, restaria confirmada uma impossibilidade, a do 'não ser'.
Cabe-nos, então, pós-questionar, refletindo: "Ser ou não ser (...)" é devaneio, ou, quando muito, uma permissão poética. Todavia, jamais uma plausibilidade.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2013: "QUEM PAGA A CONTA?"
"CONHECIMENTO E NEGÓCIOS NÃO TÊM IDEOLOGIA, TÊM INTERESSES"
CAPITAL ESTRANGEIRO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: QUEM PAGA A CONTA?
OS NÓS DO CAPITAL
A entrada de investidores estrangeiros na educação superior brasileira levanta a discussão sobre os limites dessa interferência e provoca divergências entre governo e iniciativa privada
Pouco tempo após a primeira aquisição de uma instituição de ensino superior brasileira por um grupo internacional, a discussão sobre a entrada de capital estrangeiro no setor ainda gera polêmica. Os dois grupos de divergências mais perceptíveis são a iniciativa privada, que vê na capitalização uma alternativa para a estruturação do setor, e a esfera pública, envolvendo governo e universidades federais e estaduais, que temem pela mercantilização e perda da qualidade da educação.Se por um lado as divergências estão longe de chegar a um consenso e criar regras claras para a entrada de recursos, por outro elas pouco têm interferido no desenvolvimento de um mercado que passa por um momento de consolidação para as instituições e de ampliação de possibilidades de acesso para os estudantes.
Duas empresas americanas com campi espalhados por países das Américas, Europa e Ásia (veja quadro) aportaram no Brasil a partir de 2005. Desde o começo do ano, com a pioneira abertura de capital da Anhanguera Educacional,mais três grupos já se movimentaram para colocar seus ativos em ações - a Kroton Educacional, que administra o Grupo Pitágoras, a Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, e o Grupo COC, de Ribeirão Preto, que pediu, no final do mês de agosto, autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma oferta primária e secundária de ações.
Consultores econômicos acreditam que o número de instituições ou grupos educacionais com capital aberto deve chegar a dez nos próximos 24 meses.
Atrás de outros países da América do Sul em percentual de jovens inseridos no ensino superior, o Brasil se mostra um mercado com grande potencial de crescimento a ser explorado. Somados a esse dado, fatores como a abertura do mercado para a iniciativa privada, a estabilidade econômica brasileira e o surgimento maciço de instituições iniciado na segunda metade da década de 90 configuram um cenário atrativo aos investidores, sejam eles brasileiros ou estrangeiros.
Segundo dados de uma das empresas americanas que fez parceria no Brasil, a Whitney International University System, a demanda não atendida é estimada entre 35 e 50 milhões de estudantes em todo o mundo e as matrículas em instituições de ensino superior superaram crescimento de 144% nos países em desenvolvimento nos últimos cinco anos. O discurso da Whitney sobre educação global, disponível em sua página na internet, revela por que o Brasil, por exemplo, se mostrou um mercado atraente. "Apesar desse crescimento rápido, o percentual de graduados em curso superior em nações em desenvolvimento ainda é menor que 10%, enquanto em nações desenvolvidas esse número é maior do que 40%. Milhões de estudantes, ansiosos pelo ingresso na educação superior, não têm acesso, pelo preço e pela falta da capacidade das instituições", diz o texto.
Fusões e aquisições de instituições em todo o Brasil por grupos nacionais não chegam a suscitar críticas, mas quando o capital é internacional ainda há reservas. O interesse de transformar a educação em serviço a ser negociado no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) é de natureza puramente comercial, tendo quase nada a ver com análises de natureza acadêmica ou de preocupação com a soberania das nações.
Eunice Durham, da USP: é preciso apurar as intenções e a idoneidade do estrangeiro
O Acordo Multilateral sobre Comércio de Serviços (GATS), assinado em 1995 no âmbito da OMC, oferece para o comércio e serviços as mesmas regras válidas para o comércio de bens e mercadorias. O acordo tem gerado debates sobre a possibilidade de regulação do setor de ensino superior pela OMC. A diretora do Núcleo de Pesquisas de Políticas Públicas (NUPPS) da Universidade de São Paulo (USP), Eunice Ribeiro Durham, declara: "Do jeito que a OMC quer a educação eu não concordo. Precisa de fiscalização. Tem de se apurar as intenções e a idoneidade do estrangeiro que vem para cá. A gente não pode ser só um mercado para eles ganharem dinheiro", defende."Radicalmente" contra a privatização do ensino superior, o economista Carlos Lessa, ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também encontra na mercantilização o grande argumento para negar a entrada de capital estrangeiro no país. "Educação não é mercadoria. É uma sociedade construindo um futuro e acho que o país não pode abrir mão de repor seus quadros", diz.
Presidente do Conselho Consultivo do Sistema Universitário Pitágoras, que estabelece parcerias para instituições de ensino superior associadas utilizarem a marca do grupo aberto em Bolsa, Cláudio de Moura Castro é incisivo na resposta a esses argumentos. "Nenhuma economia sobrevive a investidores com outros objetivos. A diferença crítica é entre lucro no curto prazo e no longo prazo".
Por outro lado, a entrada de instituições de ensino na Bolsa de Valores levantou outra questão: a discussão sobre o controle da origem do capital parece ainda mais difícil, mesmo que se chegue a limitar o direito de compra de quem vem de fora em 30%, como queria a Reforma Universitária.
"Tudo isso é irrelevante, pois para uma empresa de capital aberto como a ANHANGUERA, o controle é brasileiro, mas 75% das ações postas no mercado foram compradas por investidores estrangeiros", afirma Ryon Braga, presidente da Hoper Consultoria.
Lucy Sousa, da Apimec: abertura de capital proporciona profissionalização da gestão
Ainda defende-se o marco regulatório, mas há sinalização de estar aberto o diálogo. "O teto proposto garante a maioria de controle nacional em setor absolutamente estratégico, tal como ocorre em setores como aviação, telecomunicações etc. É normal que alguns discordem e, eventualmente, a maioria concorde. As instituições educacionais estrangeiras não estariam impedidas de participar de atividades no país, mas o fariam de acordo com regras de um país soberano que tem uma opinião clara sobre o papel estratégico da educação." O reitor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Nival Nunes de Almeida, engrossa o coro dos que temem que o controle do ensino possa ficar sob o comando de estrangeiros. "O interesse do capital estrangeiro é buscar lucros maiores em um mundo globalizado. Idéia que encontra espaço para crescer diante da atual crise de financiamento das instituições de ensino superior no país e de uma demanda cada vez menor nos centros acadêmicos europeus e norte-americanos", acredita.Os diretamente envolvidos rebatem a desconfiança. José Eugênio Barreto da Silva, presidente do Conselho de Administração das Faculdades Jorge Amado, garante que, embora a Whitney seja majoritária, o controle da instituição está em mãos brasileiras.Segundo ele, a empresa americana respeita a gestão da faculdade. "Considero esse receio pertinente por parte do Ministério da Educação, de que se perca autonomia educacional e fique muito mais perto de uma visão estrangeira do processo, porém isso não se traduz na prática", afirma.
Outro gestor que convive com grupos internacionais, o reitor da ANHEMBI MORUMBI, Gabriel Mario Rodrigues, diz que o temor de interferência estrangeira na gestão é "descabido". "As universidades privadas são autônomas e reguladas pelo MEC. Independentemente de quem seja o dono, brasileiro ou estrangeiro, a qualidade acadêmica será sempre regulada pelo Ministério.
"Qualidade essa que tende a ser o principal valor num cenário de mercado aberto. Quem pretende se expandir e se consolidar no setor, seja por meio de vendas a grupos estrangeiros, pela abertura de capital, fusões ou formação de conglomerados, tem de se preocupar com a profissionalização dos sistemas de gestão, como aponta Lucy Aparecida de Sousa, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec SP). "Uma empresa que pretende abrir capital, ou negociar com grupos internacionais, precisa de uma gestão mais profissionalizada e transparente. E isso é um avanço positivo para o setor."
Reforma em marcha lenta
Enquanto o mercado se aquece rapidamente, a discussão do projeto de lei da Reforma da Educação Superior segue fria. Desde que o documento final foi enviado ao Congresso Nacional, em junho de 2006, as discussões sobre os pontos polêmicos deram espaço para o estancamento da Reforma. Os inúmeros pontos polêmicos fizeram com que o texto enviado inicialmente em caráter de urgência - o que obrigaria o PL 7.200/2006 a ser examinado, votado e colocado em vigor no prazo de até 90 dias - terminasse quase arquivado.O pedido de urgência foi retirado por solicitações tanto do setor privado, como do público, que desejavam se aprofundar nas discussões dos artigos propostos.
Hoje, pouca gente acredita que algo vá acontecer, pelo menos nos moldes do documento que dorme na gaveta dos parlamentares.Quem já fez investimento demonstra, inclusive, ter certeza de que ele não será aprovado. "A gente não trabalha com a possibilidade que ele vá ser aprovado. Acreditamos que o Brasil vai entender que precisa ser moderno e permitir, como outros países permitem, a entrada de capital estrangeiro na educação. Até a China permite", diz Dante Iacovone, CEO da Laureate no Brasil. O secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, acredita na volta do projeto, mas com alterações. "Na retomada do debate, que deverá ocorrer em breve, certamente o texto enviado demandará atualizações."Conhecimento globalO fenômeno da globalização afetou, irreversivelmente, o setor de educação, especialmente o ensino superior, em que a necessidade de troca de informações se mostra ainda mais inerente à natureza do setor. Segundo trabalho de Claudio Porto e Karla Régnier publicado em dezembro de 2003 sob o título O Ensino Superior no Mundo e no Brasil - Condicionantes, Tendências e Cenários para o Horizonte 2003-2025, um amplo conjunto de tendências e forças de mudanças estão em andamento (leia a íntegra no site da Ensino Superior: www.revistaensinosuperior.com.br). Entre as alterações nas características do setor, os autores citam a quebra de monopólio geográfico, regional ou local; a mudança do modelo organizacional que passa a ser uma "indústria" do conhecimento operando em um mercado global; instituições mais especializadas e centradas no aluno; fusão de universidades e o fortalecimento da interação entre elas.O professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Marcos Formiga acredita que a educação globalizada é irreversível, apesar de ainda não estar tão avançada quanto a globalização econômica. "O processo da educação globalizada é mais lento", diz, citando a internet como o panorama mais perceptível do processo e ferramenta potencializadora do fenômeno. "Internacionalmente, a educação globalizada vive ainda a sua primeira infância, no caso brasileiro ainda é muito incipiente".
Como dado comprobatório, ele cita que menos de 20% da população brasileira está efetivamente conectada à internet, o que considera muito pouco para um país com quase 200 milhões de habitantes.Quanto à entrada de capital estrangeiro nas instituições de ensino, Formiga lembra que, como estudioso da educação a distância há pelo menos uma década, sabe que não há com o que se "assustar" em relação ao tema. "Já que o país não consegue fazer uma revolução em sua educação superior, a presença de instituições paradigmáticas poderia influenciar positivamente no conservadorismo arcaico que domina o ambiente universitário brasileiro e que delimita a falta de qualidade em todos os níveis de formação, excetuando a educação tecnológica e a pós-graduação."Apesar disso, ele admite que o Brasil tem motivos históricos para reagir à entrada de capital estrangeiro, lembrando que o processo de industrialização brasileiro se deu de forma fechada para o mercado externo.
Por isso, segundo o professor, o Brasil associou as desvantagens internacionais como a irrisória participação no mercado internacional. "Conhecimento e negócios não têm ideologia, têm interesses". Os mais espertos sabem disso. Os exemplos vindos do continente asiático são ilustrativos: Japão, China e, agora, a Índia querem mais e mais conhecimento, sem olhar a cor, sem verificar a origem, sem nenhuma restrição."Formiga lembra ainda a experiência da União Européia, que vive uma situação de aprendizagem acima de suas divisões territoriais. "Os países são todos soberanos, mas o conhecimento e a aprendizagem são bens comuns de toda a comunidade européia. Não há perda de tempo para se saber de onde vem o capital. A preocupação é como alcançar os níveis de conhecimento dos alunos escandinavos, onde está a melhor qualidade de aprendizagem e o melhor acesso ao conhecimento."
(copydesk, Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2013: "PRESÍDIO, PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA"
PELO CONTRATO, O ESTADO PAGA À EMPRESA R$ 2.700 POR PRESO
O primeiro presídio fruto de uma parceria público-privada (PPP) do país abriu suas portas há pouco mais de um mês. As instalações do Complexo Prisional Público-Privado, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, são limpas, as celas têm no máximo quatro ocupantes, a alimentação é balanceada e nos fins de semana familiares podem esperar a hora da visita em um amplo e arejado salão com cadeiras ergonômicas. Junto com essa mudança nas condições de vida no presídio, vieram regras mais rígidas, com maior controle de drogas, a proibição de fumar, a ausência de celular, e, inclusive, celas sem televisão.
O preso chega na prisão da PPP e é apresentado a um planejamento de trabalho, de estudo, tem atendimento médico. As condições são mil vezes melhores, mas lá não está entrando nada de droga, não podem fumar em nenhuma parte da prisão, estão sem celular, sem TV nas celas, enquanto no resto do sistema prisional eles conseguiam tudo isso. Muitos não estão se adaptando.
O governo de Minas concedeu a prisão ao consórcio Gestores Prisionais Associados (GPA). O consórcio construiu e operará por 27 anos o presídio, num contrato de parceria público-privado com o governo de Minas Gerais. Os primeiros presos foram transferidos em 18 de janeiro.
Segundo o Observatório das Parcerias Público Privadas, PPP prisionais como a de Minas estão em fase de projeto ou estudo em Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e São Paulo.
Quem decide para quais presídios os criminosos são enviados é o governo do Estado. Mas, diz Rocha, os diretores das penitenciárias acham aconselhável que os presos queiram ir para essa ou aquela prisão.
A GPA, consórcio responsável na PPP, havia acordado com o governo do Estado que os presos seriam enviados aos poucos para que pudessem, em grupos menores, ir se adaptando às regras internas da PPP. A proibição total ao cigarro é um dos aspectos que incomodam aos novos ocupantes e que tem provocado picos de abstinência acompanhados de muita ansiedade.
Pelo contrato vencido pela GPA, o Estado paga mensalmente R$ 2.700 por preso à empresa. O cálculo é feito com base no número de celas disponíveis ao uso e o número de presos no complexo. Uma parcela da remuneração está vinculada ao cumprimento por parte da GPA de 380 indicadores de desempenho. Brigas, rebeliões, celulares nas celas, armas, depredação ou então chuveiros quebrados, lâmpadas queimadas e a condição geral das celas são alguns dos itens que podem afetar o pagamento. Segundo a empresa, não houve nada disso neste início de operação. A verificação independente está sendo feita por uma equipe da Accenture que circula diariamente pelo presídio.
(copydesk, Caos Markus)
sábado, 9 de março de 2013
QUARTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2013: "SUBSÍDIOS À EDUCAÇÃO DA CIDADANIA"
As inter-relações entre comunicação e educação geralmente são tratadas no âmbito da educação formal.
Mais contemporaneamente, são muitas as pesquisas na recém inaugurada ‘edu-comunicação’, forjada em processos de ‘educação informal’ no contexto de variada gama de organizações, dos movimentos populares aos núcleos comunitários. Trata-se de um tipo de manifestação comunicativa extremamente significativa no Brasil e na América Latina. O estudo desta vertente baseia-se tanto em ‘pesquisa bibliográfica’ quanto em ‘reflexões’ a partir de ‘observação participante’. Infere-se, na prática, a efetiva presença de características próprias, entre elas, a da ‘participação ativa’ no processo ‘educação-aprendizagem’, dotado de conteúdos condizentes com as realidades locais. De real significado, essa é comunicação produzida por setores subalternos,mas que, organizados, vêm contribuindo para ampliar o panorama educativo em torno do exercício da cidadania.
Os estudos sobre comunicação e educação tendem a abordar as relações e as inter-relaçõesentre os dois campos do conhecimento, principalmente a questão do ‘ensino-aprendizagem’, sob a mediação de um sistema comunicativo; compreendendo a utilização (nas instituições de ensino) de ‘meios de comunicação’ na educação presencial; o papel da mídia no processo de educação; a educação voltada à recepção crítica das mensagens transmitidas através dos meios massivos, destacadamente a televisão e, em vertiginosa progressão, a internet.
As referências sinalizam um complexo de investigações em expansão, contribuindo expressivamente no entendimento desses fenômenos, não obstante a insuficiência na assimilação e incorporação (enquanto método) pelos educadores e comunicadores. Isso porque outra é a perspectiva na ‘edu-comunicação: forjada em outro lugar, no âmbito da educação informal, mais precisamente a que ocorre no contexto de organização e ação dos movimentos populares e das organizações não governamentais, no ‘espaço’ do terceiro setor, com o propósito de assegurar a observância aos direitos fundamentais da pessoa humana, e fixando-se em temáticas sociais mais amplas, relacionadas ao conjunto da sociedade (questões relativas à ecologia, à possibilidade da paz em constante construção e à própria vida no planeta).
Nas últimas décadas, manifestações de tal ordem, ocorridas em nível da sociedade civil, revelam a existência de uma ‘comunicação diferenciada’, a partir dos envolvimentos aqui indicados, principalmente aqueles gerados nos segmentos marginalizados da população ou a eles vinculados de modo orgânico. As pessoas, ao participarem de uma práxis cotidiana dirigida aos interesses e às necessidades dos próprios grupos a que pertencem, são inseridas na informalidade da educação face a uma inédita metodologia inclusiva, pela elaboração e reelaboração das culturas populares e através formação de fato cidadã. Essa modalidade de manifestação organizativa-cultural vem se fortalecendo no Brasil e na América Latina, em razão das peculiaridades nessas regiões, onde a grande maioria é excluída das benesses do desenvolvimento, diante de grandes transformações sociais verificadas nas duas últimas décadas. Por isso, denota-se ênfase em pesquisa bibliográfica cujos conteúdos acerca do papel político dos movimentos sociais são relevantes, observados em relatos de experiências de comunicação ‘popular-comunitária participante’. Reflete tal pedagogia o olhar atento às dimensões da cidadania, admitidas apenas na condição de frutos das formulações produzidas pela população rumo à qualificação de povo soberano.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 2013: "A TOGA NO LUSCO-FUSCO"
Eu creio, dentre os operadores do Direito, ao advogado cabe, sem dúvida alguma, função destacada.
Perceba, face a norma processual "ao juiz é dado o livre convencimento, diante das provas nos autos", se considerarmos, por distante analogia, três magistrados observando, no lusco-fusco, um objeto pendurado num galho de frondosa árvore, quais as declarações dos togados, todas elas supostasmente incontestáveis?
Haverá aquele, convicção inabalável, a afirmar ser um mico-leão- dourado o tal objeto. Outro, absolutamente persuadido, não pensará duas vezes para asseverar tratar-se de um morcego. Finalmente,o terceiro, sem qualquer hesitação, certificará que é tão-somente uma pipa balançando no galho da árvore.
Qual a nossa função primordial na advocacia, senão a de "convencermos" Sua Excelência, mesmo não passando,em sua imensa maioria, de indivíduos arrogantes. Não o sujeito que arrazoa,mas sim o soberbo, insolente. Há exceções. Porém, sempre são exceções que confirmam a regra.
Noutras palavras, não estamos nós, os advogados, restritos a 'pedir' algo 'para' alguém, ou, o "ad-vocacio". Temos de convencer, enquanto juízes se "convencem" nos limites da sua exclusiva "visão".
(Caos Markus)
quinta-feira, 7 de março de 2013
SEGUNDA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2013: "PORTA-VOZ DA PRÓPRIA VOZ"
A cada dia, mais é aceito o conceito da formação cultural dos seres humanos, nas sociedades contemporâneas, trilhando intermediações do cotidiano marcadas pela complexidade. Intermediações emergentes através da comunicação interpessoal, grupal e em larga escala, ampliando-se pela implementação de novas tecnologias.
Por sua vez, a educação, entre outras dimensões, implica um educar-se a si mesmo. Educar-se é envolver-se em um processo de múltiplos fluxos comunicativos. O sistema será tanto mais educativo quanto mais rica for a trama de interações comunicacionais abertas à disposição dos educandos.
A comunicação educativa concebida a partir dessa matriz pedagógica teria como uma de suas funções capitais a provisão de estratégias, meios e métodos destinados a promover o desenvolvimento da competência comunicativa dos sujeitos educandos.
Esse desenvolvimento supõe a geração de vias horizontais de interlocução.
Está aí o âmago da questão da educação para a cidadania nos movimentos sociais: na inserção das pessoas num processo de comunicação, onde ela pode tornar-se sujeito do seu processo de conhecimento, onde ela pode educar-se através de seu engajamento em atividades concretas no âmbito de novas relações de sociabilidade, em um tal ambiente a permitir sejam construídas.
Tudo isso diz respeito a uma mudança de postura, de uma “cultura do silêncio” das maiorias, ou a cultura da submissão, do cidadão ausente, de um cidadão sem voz, para outra concreta cidadania.
Diluíram-se, em boa medida, aquelas instituições, os espaços nos quais o cidadão se formava, ao mesmo tempo em que exercia a cidadania. No momento, há uma multiplicidade de movimentos, ainda incipientes, é verdade, construindo, por um lado, uma superação, em determinado grau, do silêncio. Existe uma insubmissão, uma rebeldia frente ao poder da Igreja, do Estado, da Escola, a confrontação com muitos poderes. Há elementos de uma nova sociabilidade, uma nova agenda de temas importantes para as pessoas.
Esses movimentos, pequenos, em sua maioria desarticulados, enquanto se organizam, articulando a escola, em concomitância aos meios de comunicação comunitários, iniciam a criação de redes de formação de cidadãos dotados de eficácia, dando corpo a essas vozes dispersas, não só no espaço regional mas também no espaço nacional.
No contexto de tais movimentos, desenvolvem-se experiências de uma comunicação a qual pode-se denominar de ‘popular’ ou ‘comunitária’, evidenciando características típicas, como se observa no exercício da participação direta.
Nesse meio, há possibilidades de os receptores das mensagens dos meios de comunicação tornarem-se também seus produtores, os novos emissores do processo de comunicação. Ou, cada indivíduo o porta-voz da sua própria voz.
(Caos Markus)
quarta-feira, 6 de março de 2013
SÁBADO, 9 DE MARÇO DE 2013: "PODER SEM PRECONCEITO"
O PODER NÃO TEM PRECONCEITO
Joaquim Barbosa, presidente do STF, achincalha a Imprensa
"Vá chafurdar no lixo", diz presidente do STF a jornalista
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, chamou nesta terça-feira (5/03/13) de "palhaço" um repórter de um jornal paulistano, e recomendou que ele fosse "chafurdar no lixo".
A fala ocorreu na saída da reunião do Conselho Nacional de Justiça, que também é presidido por Barbosa.
Ao deixar o local, Barbosa era aguardado por jornalistas. Na primeira abordagem, o ministro interrompeu a pergunta iniciada pelo repórter e o destratou aos gritos.
O repórter perguntou: "Presidente, como o senhor está vendo...". Barbosa não o deixou concluir e respondeu: "Não estou vendo nada. Me deixa em paz, rapaz. Vá chafurdar no lixo como você faz sempre".
O jornalista questionou o comportamento do ministro. "Que é isso ministro, o que houve?".
"Estou pedindo, me deixe em paz.", devolveu.
"Eu tenho que fazer pergunta que é o meu trabalho", retrucou.
Ainda mais irritado, Barbosa afirmou que não tinha nada a declarar. "Eu não tenho nada a lhe dizer, não quero nem saber do que o senhor está tratando", afirmou.
Afastado por assessores, Barbosa ainda chamou o repórter de "palhaço" ao entrar em um elevador.
Os jornalistas esperavam Barbosa para repercutir a nota divulgada pelas três maiores entidades de juízes do país (AMB, Ajufe e Anamatra) no fim de semana.
As entidades criticaram Barbosa por ele ter dito em entrevista que a magistratura tem mentalidade pró-impunidade, e afirmam que ele vive situação de "isolacionismo" e "parte do pressuposto de ser o único detentor da verdade".
Em novembro passado, Barbosa já havia criticado um repórter negro como ele que, segundo o presidente do STF, teria replicado estereótipos racistas ao perguntar se ele estava sereno no novo cargo.
(copydesk, Caos Markus)
domingo, 3 de março de 2013
SEXTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2013: "SUFFRAGIUM PAPAL"
O MINISTRO DA EUCARISTIA CAOS MARKUS ESTÁ EM CAMPANHA NO VATICANO PELA DEFESA DO VOTO NULO NO SUFFRAGIUM DO SUMO PONTÍFICE.
ARGUMENTA MARKUS JUNTO AO COLÉGIO DE CARDEAIS:
"O VOTO DE PROTESTO À RENÚNCIA DE BENTO XVI
COLOCA EM RISCO O GOVERNO EPISCOPAL, PRECIPITANDO A EXTINÇÃO DA PRÓPRIA IGREJA CATÓLICA".
E ALTERNATIVAMENTE PROPÕE A ELEIÇÃO DIRETA AO CARGO VACANTE, CONSIDERANDO ELEITORES TODOS OS FIÉIS SEGUIDORES ECLESIAIS.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2013: "O CÉU E O CONCLAVE PODEM ESPERAR"
O livro do Êxodo conta que os filhos de Israel, tendo fugido do Egito, caminharam pelo deserto durante 40 anos.
A palavra "Páscoa", de origem hebraica (Pessach), significa 'passagem', que já era celebrada pelos judeus antes mesmo do nascimento de Jesus Cristo (com outro sentido, o de liberdade, após os 430 anos da escravidão no Egito).
Mediante tais referências, NÃO HÁ RAZÃO EVIDENTE PARA A ESCOLHA DE UM NOVO PAPA ANTES DO PRÓXIMO DIA 31 DE MARÇO (comemoração da páscoa cristã, de significado especial e diferente, pois celebra o renascimento de Jesus Cristo e sua ascensão ao céu, dois dias depois da morte na cruz). Afinal, se a Igreja Católica entende que o Papa é o representante de Deus na terra -podendo ser usado por para interpretar 'Suas' profecias e seus símbolos-, a realização do CONCLAVE TEM DE OCORRER 40 ANOS APÓS A RENÚNCIA DE BENTO XVI. Porque, tal qual na páscoa dos hebreus, esse deverá ser o tempo de confinamento e espera, em virtude das faltas ainda hoje cometidas pelos cristãos, duvidando da capacidade do Senhor de lhes conduzir à Terra Prometida.
Enfim, se o céu pode esperar, o Conclave também.
(Caos Markus)
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