O homem constrói a realidade através de processos semióticos diversos, com destaque à linguagem. Enquanto código, o linguajar é aspecto e recurso na construção da experiência humana. Essa visão de incitamento da realidade, no uso dialético cifrado, reflete a estrutura da sociedade, elaborada para manter estratificações. Assim, o indivíduo formatado na subalternidade, ao tomar para si locução de alguém socialmente superior, é co-partícipe (pelo sistema da obediência induzida e assimilada) das duas condições, ou seja, a sua própria inferiorização e o obtuso respeito ao status alheio, simultaneamente reforçando a ordem social hierárquica. Então, não se percebe dominado, porque sequer observa o idioma do domínio.
(Caos Markus)
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