Desde priscas eras, em algumas tribos, os jovens só eram considerados adultos após aprovação em um teste sobre os seus usos e costumes. Há milênios, chineses e gregos já criavam critérios a fim de selecionar indivíduos para determinados trabalhos. Na China, em 360 a.C, por este sistema de exames, ao contrário de hoje, todos tinham a possibilidade de alcançar cargos de prestígio e poder.
Enquanto isso, na Grécia, Sócrates, sugeria a autoavaliação (o “Conhece-te a ti mesmo”) como requisito de aproximação do indivíduo com a sabedoria.
Um outro modelo de avaliação era realizado através de exercícios orais utilizados pelas universidades medievais e, mais tarde, pelos jesuítas. Na Idade Média, as universidades tinham como objetivo principal a formação de professores. Os alunos bacharelados precisavam ser aprovados em um exame (por similaridade, contemporaneamente, análogo ao da Ordem dos Advogados do Brasil) se pretendessem ensinar; e dos mestrandos era exigida uma superior instância de em especificidades de investigação científica.
A avaliação começa a assumir forma mais estruturada apenas depois do século XVIII, com o advento das primeiras escolas modernas, quando os livros tronaram-se acessíveis à maioria, criando-se as bibliotecas. À época, devido à prática de provas como aferição do aprendizado, o seu uso ficou associado à ideia de exames, notação e controle, constituindo dessa forma a área de estudos chamada docimologia (o estudo sistemático dos testes, em particular do sistema de atribuição de notas e dos comportamentos dos examinadores e examinados).
Uma outra área destacada no final do século XIX até parte do século XX, foi a psicometria, caracterizada por análises configuradas e objetivos aplicáveis na mensuração da inteligência e do desempenho das pessoas.
Com o passar do tempo, no entanto, essas averiguações foram substituídas por paradigmas mais amplas, voltados à visão do aluno como um todo, um ser humano com todas as suas implicações.
Em 1934, o termo ‘avaliação educacional’ foi proposto conjuntamente à ‘educação por objetivos’, tendo como princípio formular metas e verificar o seu efetivo cumprimento.
Mais tarde, desejando conhecer se o motivo do fraco desempenho escolar dos negros americanos provinha das deficiências dos serviços educativos por eles recebidos, em 1965, a avaliação passou a fazer parte de metodologias e matérias integradas às abordagens qualitativas, como a antropologia, a filosofia e a etnografia. Neste mesmo ano, nos Estados Unidos da América do Norte, foi promulgada pelo presidente Lyndon Johnson, a partir de uma proposta do então senador Robert Kennedy, a Lei sobre a Educação Primária e Secundária, pela qual a avaliação dos “programas especiais” destinados a alunos de famílias pobres e marginalizadas passou, em tese, a ser obrigatória, confirmando, todavia, o seu caráter preconceituoso e segregacionista.
Pouco tempo depois, a avaliação passou a ser exigida em todos os programas sociais e educativos dos EUA, dessa maneira compondo outras áreas do conhecimento, como a filosofia, a sociologia, economia e administração. Ao decorrer da chamada profissionalização da avaliação que ocorreu de 1965 até o início da década de 80, vários autores deram nomes aos diferentes enfoques da avaliação, porém todos eles valorizavam os métodos qualitativos e tinham um visão democrática da avaliação, levando em conta a participação e a negociação.
Um novo rumo no campo da avaliação surgiu em 1980, nos EUA e na Inglaterra, com o neoliberalismo e com a crise econômica. O Estado tornou-se controlador e fiscalizador, implantando métodos compreendidos como mecanismo fundamental dos governos nos seus esforços obsessivos de implantação de uma estrita cultura gerencialista e fiscalizadora.
No mesmo período, especialmente na Inglaterra, começou-se a atribuir aos professores, por ser educadores, a responsabilidade sobre as dificuldades políticas e administrativas, além dos insucessos econômicos do país. Nesse sentido, quanto a sua capacidade de responder as exigências do mercado, comércio e indústria, as universidades começaram a ser cobradas como se fossem empresas ou organizações competitivas. Obviamente, a repercussão dessa crítica estereotipada se fez acentuada no Brasil, fato a “explicar” a tão propalada ociosa oferta de trabalho, com vagas não preenchidas, conforme os economistas oficiais, face a desqualificação da mão-de-obra.
Todos estes fatos históricos no campo da avaliação deram origem a sua conformação atual. Ainda hoje existe um certo conflito entre a utilização de métodos ‘quantitativos’ ou ‘qualitativos’, colocando em discussão a real finalidade da avaliação, razão porque ela configura-se nos parâmetros de uma questão filosófica, primado do gerenciamento dos saberes.
(Caos Markus)
Um outro modelo de avaliação era realizado através de exercícios orais utilizados pelas universidades medievais e, mais tarde, pelos jesuítas. Na Idade Média, as universidades tinham como objetivo principal a formação de professores. Os alunos bacharelados precisavam ser aprovados em um exame (por similaridade, contemporaneamente, análogo ao da Ordem dos Advogados do Brasil) se pretendessem ensinar; e dos mestrandos era exigida uma superior instância de em especificidades de investigação científica.
A avaliação começa a assumir forma mais estruturada apenas depois do século XVIII, com o advento das primeiras escolas modernas, quando os livros tronaram-se acessíveis à maioria, criando-se as bibliotecas. À época, devido à prática de provas como aferição do aprendizado, o seu uso ficou associado à ideia de exames, notação e controle, constituindo dessa forma a área de estudos chamada docimologia (o estudo sistemático dos testes, em particular do sistema de atribuição de notas e dos comportamentos dos examinadores e examinados).
Uma outra área destacada no final do século XIX até parte do século XX, foi a psicometria, caracterizada por análises configuradas e objetivos aplicáveis na mensuração da inteligência e do desempenho das pessoas.
Com o passar do tempo, no entanto, essas averiguações foram substituídas por paradigmas mais amplas, voltados à visão do aluno como um todo, um ser humano com todas as suas implicações.
Em 1934, o termo ‘avaliação educacional’ foi proposto conjuntamente à ‘educação por objetivos’, tendo como princípio formular metas e verificar o seu efetivo cumprimento.
Mais tarde, desejando conhecer se o motivo do fraco desempenho escolar dos negros americanos provinha das deficiências dos serviços educativos por eles recebidos, em 1965, a avaliação passou a fazer parte de metodologias e matérias integradas às abordagens qualitativas, como a antropologia, a filosofia e a etnografia. Neste mesmo ano, nos Estados Unidos da América do Norte, foi promulgada pelo presidente Lyndon Johnson, a partir de uma proposta do então senador Robert Kennedy, a Lei sobre a Educação Primária e Secundária, pela qual a avaliação dos “programas especiais” destinados a alunos de famílias pobres e marginalizadas passou, em tese, a ser obrigatória, confirmando, todavia, o seu caráter preconceituoso e segregacionista.
Pouco tempo depois, a avaliação passou a ser exigida em todos os programas sociais e educativos dos EUA, dessa maneira compondo outras áreas do conhecimento, como a filosofia, a sociologia, economia e administração. Ao decorrer da chamada profissionalização da avaliação que ocorreu de 1965 até o início da década de 80, vários autores deram nomes aos diferentes enfoques da avaliação, porém todos eles valorizavam os métodos qualitativos e tinham um visão democrática da avaliação, levando em conta a participação e a negociação.
Um novo rumo no campo da avaliação surgiu em 1980, nos EUA e na Inglaterra, com o neoliberalismo e com a crise econômica. O Estado tornou-se controlador e fiscalizador, implantando métodos compreendidos como mecanismo fundamental dos governos nos seus esforços obsessivos de implantação de uma estrita cultura gerencialista e fiscalizadora.
No mesmo período, especialmente na Inglaterra, começou-se a atribuir aos professores, por ser educadores, a responsabilidade sobre as dificuldades políticas e administrativas, além dos insucessos econômicos do país. Nesse sentido, quanto a sua capacidade de responder as exigências do mercado, comércio e indústria, as universidades começaram a ser cobradas como se fossem empresas ou organizações competitivas. Obviamente, a repercussão dessa crítica estereotipada se fez acentuada no Brasil, fato a “explicar” a tão propalada ociosa oferta de trabalho, com vagas não preenchidas, conforme os economistas oficiais, face a desqualificação da mão-de-obra.
Todos estes fatos históricos no campo da avaliação deram origem a sua conformação atual. Ainda hoje existe um certo conflito entre a utilização de métodos ‘quantitativos’ ou ‘qualitativos’, colocando em discussão a real finalidade da avaliação, razão porque ela configura-se nos parâmetros de uma questão filosófica, primado do gerenciamento dos saberes.
(Caos Markus)
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