Analisando-se a sociedade atual, observam-se transformações que incitam mudanças profundas na vida humana individual e associada. O indivíduo nasce, educa-se, trabalha e passa a vida ligado a organizações, e estas, na realidade, são responsáveis pela consistência
do destino social. A dinâmica e a velocidade cada vez maior das mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais da sociedade moderna caracterizam o que se convencionou chamar de 'novo milênio'.
No passado as mudanças significativas na vida humana exigiriam no mínimo o tempo correspondente a uma geração para ocorrer. Gradativamente passaram a ser imprevisíveis. Trata-se da 'era da incerteza', ou, ainda, da 'era de descontinuidade'.
O sentido de 'novo milênio' identifica-se, assim, com as transformações globais que caracterizam o mundo moderno. Informatização, globalização e sociedade do conhecimento são alguns fatores que estão pressionando o status quo da vida atual. Como decorrência, tem-se a consolidação da 'sociedade do conhecimento'. Sobretudo mudanças profundas de valores e crenças pessoais e culturais marcam a sociedade atual.
Ocorrem, portanto, mudanças na sociedade, e mudam com isto as formas de comunicação. Emerge o oportunismo dos meios de comunicação como a principal instituição socializadora dos tempos atuais, dado que por eles é controlado todo o funcionamento social. Com as mudanças na maneira de obtenção de informação, muda a necessidade de produção, comercialização e, por conseguinte, a oferta no mercado de trabalho.
Isto denota o caráter flexível a ser exigido também das instituições de ensino superior, que no Brasil enfrentam dificuldades devido à rigidez da estrutura. Os estudantes necessitam de instituições que atendam a sua necessidade de formação sintonizada com a nova configuração do mercado de trabalho.
Via de regra, é do caráter do ser humano a sua resistência a mudanças.
Há, entretanto, estudos voltados ao desenvolvimento da habilidade na construção de modelos de processos que despertam a atenção para certo tipo de variáveis dependentes, somente, de ser conceitualizadas e observadas.
Assim considerado, também um novo contexto educacional é enfatizado quando se observa que as tendências ou correntes ligadas ao ensino na educação superior são grandemente influenciadas pela importância da interatividade no processo de aprendizagem. Tais requerimentos tendem a promover uma mudança de regras, transformando o professor de ‘sábio’ em ‘guia’, gerando, com isso, a necessidade de desenvolver habilidades ou competências para a gestão do conhecimento e para o trabalho em grupo.
Tais especificidades propiciam a chamada aprendizagem cooperativa. Portanto, a mudança tenderá a ocorrer também por meio da experiência do professor ou instrutor.
Nesse caso, o professor torna-se um condutor, desbravador de conhecimentos.
Associado a esse novo papel exige-se a configuração de novas tendências ou correntes pedagógicas, que efetivamente representem transformações similares, não só nos alunos, ou aprendizes, como se quer hoje.
Ocorrem mudanças na sociedade, transformam-se os meios de comunicação, obtenção de informações, os métodos de produção, comercialização, e, por consequência, muda a oferta no mercado de trabalho. Nesse contexto, o jovem que deseja qualificar-se profissionalmente tem dificuldades, pois a estrutura da formação em nível superior do País é rígida.
Este jovem necessita, assim, de uma instituição que ofereça formação compatível com a nova configuração do mercado de trabalho, pelas mudanças solicitadas por um meio ambiente cada vez mais agressivo, devendo buscar manter sob controle as resistências à sua implantação, de forma a privilegiar abordagens que se aproximam à do ensino colaborativo.
(Caos Markus)
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