A expressão “sociedade de consumo” nasceu nos anos 1920 e popularizou-se entre 1950 e1960. Refere-se a um tipo de consumo puramente materialista que fixa o poder do dinheiro em um plano superior na vida. Esse momento da história deve ser visto como ultrapassado, não porque o consumo tenha sido superado. Longe disso, a dinâmica de expansão das necessidades se prolonga, mas carregada de novos significados, coletivos e individuais, ou seja, há agora uma espécie de ‘hiper-materialismo’. Os homens continuam sedentos de consumo, entretanto, de forma direcionada a parâmetros mais íntimos.
A qualidade de vida, a expressão de si, preocupações referentes ao próprio sentido da vida, estão em voga e se sobrepõem ao consumo desenfreado e isento de reflexão.
Por volta de 1880, a infraestrutura moderna dá início ao primeiro ciclo da era do consumo que termina, por sua vez, com a Segunda Guerra Mundial. Nessa fase, as técnicas industriais de desenvolvimento de máquinas, a padronização das mercadorias, o aumento da quantidade de fluxos não foram por si só suficientes para o nascimento do capitalismo de consumo. Mas, concomitante, verificou-se uma construção cultural e social que requereu a 'educação' dos consumidores.
A produção de massa, o ‘marketing de massa’ e o consumidor moderno são criações preliminares, assim como a dedicação de notáveis orçamentos para reforçar as marcas recém-criadas. Os consumidores passam a depositar suas expectativas e julgamentos num nome e em um fabricante desconhecido ,comprando uma assinatura no lugar de uma coisa.
O processo ‘consumo-sedução/consumo-distração’ do qual somos herdeiros, nasceu através dos grandes magazines, então ocupados em preparar todo um cenário propício à sedução e ao desejo de comprar, servindo ao mesmo tempo para excluir a ‘culpa’ no ato de 'comprar desnecessária e compulsivamente'. Nessa dimensão, não é mais para si que o indivíduo adquire o supérfluo. Ele o faz a fim de exibir a outrem o seu imaginado status. Enfim, é quando o 'eu' passa a pertencer ao 'outro'.
Inegável, os malefícios do hiper-consumo sobre a Educação, desde a infantil, passando pela aprendizagem dos adolescentes, até o ensino superior, são cruciais. Trata-se de um modelo social formador de opiniões, criando conceitos, direcionando o consumo ao comportamento do educando.
As crianças durante a educação infantil , em especial, imitam o que vêem, incorporam padrões de condutas fartamente divulgados por esse modelo. Estes valores nem sempre constituem preocupação dos seus responsáveis, estando sempre ameaçados por vultosos interesses econômicos.
Infelizmente, a ideologia do consumo implica na alienação padronizada, envolvendo, subliminarmente a violência, em multiplicidade de formas e manifestações. Obviamente, os conhecidos pré-requisitos, fundamentais para ulteriores estágios da Educação, são substituídos pela prévia requisição de um contingente de alunos a consumarem a banalização como normal graduação, tornando-se imunes ao horror da violência, aceitando-a como forma de resolver conflitos, reproduzindo-a e, o mais grave, identificando-se com as características inconvenientes de vítimas e/ou agressores, além de drástica redução da comunicação inter-familiar, e seu mais imediato efeito, o isolamento.
Infelizmente, a ideologia do consumo implica na alienação padronizada, envolvendo, subliminarmente a violência, em multiplicidade de formas e manifestações. Obviamente, os conhecidos pré-requisitos, fundamentais para ulteriores estágios da Educação, são substituídos pela prévia requisição de um contingente de alunos a consumarem a banalização como normal graduação, tornando-se imunes ao horror da violência, aceitando-a como forma de resolver conflitos, reproduzindo-a e, o mais grave, identificando-se com as características inconvenientes de vítimas e/ou agressores, além de drástica redução da comunicação inter-familiar, e seu mais imediato efeito, o isolamento.
Algumas ideias demonstram muitos problemas dos indivíduos com as coisas, consigo mesmos e com o social. Contudo, por outro lado, identifica-se, atualmente, a ‘sociabilidade ampliada’. Mesmo sendo efêmera, seletiva e emocional, está mais adequada com o caráter hiper-consumidor. Além disso, os indivíduos não abandonaram a negatividade (característica humana) de querer vencer e superar-se. Dessa forma, o mercado e o hedonismo não comandam integralmente a existência humana. A felicidade, por sua vez, a cada dia tem de ser reinventada e ninguém detém as chaves do ficcionado paraíso terrestre, pois as satisfações de existência mudam ao longo da vida, ou seja, ela é desunificada e pluralista. Por isso, rejeitar o consumismo é pouco sábio. Apenas o reajuste e o reequilíbrio evitarão a opressão da pluralidade dos horizontes da vida.
(Caos Markus)
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