REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013: "ADULTOS, MARMANJOS E INFELIZES"
Eu admito, o meu grande temor é ter de "entrar no mundo", algo que a criançada tira de letra. Porém, como o meu lado travesso ainda vive comigo, adoro desafios, como toda e qualquer criança. Eu acho um grande barato coisa mal feita, isto é, deixar alguém extremamente irritado, só por deixar: dizer "não" quando quase todo o mundo nem sabe porque é que está dizendo "sim", e outras coisas do género.
Até já fui ao psicólogo, só para tentar descobrir o motivo da minha imaturidade. No entanto, o meu maior divertimento foi deixar o terapeuta confuso com os problemas dele. Achei uma loucura o psicólogo "se perder" com o paciente. E pensei com os seus botões: eu sou mesmo paciente, tenho uma paciência que vai além do raquitismo comportamental de quem deveria estar intervindo nos meus fantasmas.
Embora assim meio meninão, vivo num mundo de gente séria, que fala bonito e quer impressionar.
Então, me pergunto se seria possível impressionar as crianças? Trapezista, mágico, palhaço, conseguem isso com a maior das naturalidades. Não sou nada disso! Só sei fazer graça da própria desgraça. A meninada não quer saber de coisas tristes, mesmo em forma de piada.
Ser ou não ser... Ser e não ser ao mesmo tempo. Ser metade, ser pela metade.
Vamos falar a verdade, nós, gente grande de carne e osso, vivemos inventando de ser isso e mais aquilo, durante a vida toda, mas somos um bocado tristes, não sabemos brincar nem nada disso. Afinal, ser feliz em ser o que se é, sem se preocupar com um dever ser de outro jeito, é uma boa idéia, não?
Eis então porque hoje decido: também não vou fazer nenhum esforço para impressionar ninguém. Quem sabe alguém até me leve mais a sério, mesmo não dando o braço a torcer. Faz mal não. Essa é uma outra decisão: cada um que concorde consigo próprio, de verdade. E todos nós estaremos de acordo uns com os outros. Não é melhor assim? Não é mais feliz assim?
Que tal todos nós esquecermos de tanto fingimento, dessa mania doida de que para ser adulto é necessário ter cara de adulto, jeito de adulto, pose de adulto? Que tal pararmos de ser marmanjos e darmos uma tremenda gargalhada, daquela que não se podia dar na igreja durante a missa, quando ainda nem a primeira comunhão tínhamos feito?
Isso não é mais possivel? É sim. É perfeitamente possível.
Vamos rir com a vontade de rir levada embora pela nossa "maturidade".
Ou não é engraçado à beça fazer o contrário quando isso é "proibido"?
(Caos Markus)
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