REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
domingo, 4 de novembro de 2012
SEGUNDA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO: "NENHUM DE NÓS"
Um país que praticamente tem suas raízes políticas alicerçadas em Leis e Decretos, elaborados e impostos à sociedade de forma incoerente, disforme, e com uma característica tão singular, é que faz do Brasil um eterno país emergente.
Referimo-nos aqui à comunicação, processo informativo que em pleno século XXI consegue deixar para trás as nossas populações isoladas, que tomam conhecimento das respectivas mudanças no ensino (e porque não dizer, em toda uma esfera social e econômica) muito tempo após elas serem formalmente oficializadas.
O tempo, embora senhor do destino, e remédio dos males, parece ter se esquecido de passar em um país de mais de oito milhões de quilômetros quadrados.
Detentor de uma bela história, oficializada em seus quinhentos e doze anos em, o seu povo ainda procura as suas verdadeiras origens. Um povo marcado pela incerteza de sua existência.
Uma nação que ainda não conseguiu entender a dimensão de sua postura mundial, a nobreza de sua mágica e singular miscigenação, o poder de nunca ter conseguido se fragmentar, e mesmo assim, ainda deter tão vasta e intrínseca rede de cultura e tradição, que, para ser completa, só basta se deixar interagir, se deixar socializar, com respeito, com resignação no aprendizado.
O brasileiro nasce e morre em seu solo, sem conhecer as suas riquezas, pois não viaja, senão à trabalho, ou pequenas excursões, ou mesmo, pela necessidade migratória, originária da escassez de recurso em sua terra natal; e quando o faz, é incapaz de recorrer aos recursos nacionais, ali existentes.
Tudo lhe é estranho, e às vezes lhe parece engraçado também. É como a língua dos outros.
Veste e come o produto estrangeiro como um animal, dependente de adestramento e ração. Discursa sobre filmes e músicas, cujos enredos e letras mal consegue interpretar, e se esquece de nossa farta e rica literatura, pois não entende que na essência da história estão as nossas marcas; na língua que se modifica, na fala, foneticamente alterada; sobretudo, na característica humana que a preserva.
Assim contextualizado, todos nós somos nenhum de nós.
(Caos Markus)
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