REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
QUARTA-FEIRA, 21 DE NOVEMBRO DE 2012: "A CAUSALIDADE CENTRAL E PERIFÉRICA NO PENSAMENTO"
A evolução da causalidade no decorrer da história é análoga, em suas formas iniciais, à do desenvolvimento individual. Não obstante, levada a um nível muito mais alto, é identificado o seu problema: se ela é, em todas as etapas, uma assimilação do ‘real’ pelas ações e depois pelas composições operatórias do sujeito, implica conhecer quais são os elementos da realidade em que a dedução causal chega a integrar-se, ou a que realidade chega essa redução do universo físico às operações construtivas do sujeito.
Com a filosofia pré-socrática, já se nota uma passagem da ‘causalidade-ação’ à ‘causalidade por composição operatória concreta’, uma vez que o universo é reduzido a uma substância única.
Enquanto o ‘platonismo’ apontava para a possibilidade de uma causalidade física por coordenação operatória, fundada sobre uma dedução regressiva que poderia aplicar os esquemas matemáticos aos fenômenos, Aristóteles contrapôs-se aos pré-socráticos e, voltando ao senso comum, retornou a uma causalidade por assimilação das próprias ações simples, L. Brunschvicg a trouxe à evidência, invocando a quádrupla necessidade das causas eficientes, finais, formais e materiais.
É apenas com Galileu, Pascal e Descartes que a causalidade enfim se liberta da ação direta, e se lança essencialmente ao nível da composição operatória. Descartes mesmo demonstra o ‘real’ a partir das composições geométricas mais elementares. A explicação causal não é quase distinguida da implicação lógica, ou a causa da razão dedutiva.
Por seu turno, Newton reintroduz a importância da ação coordenada com as operações lógico-matemáticas, de forma que aponta para diferentes formas distintas de causalidade: por primeiro, advinda da experiência, transformada a cada nova etapa do ‘real’; após, subordinadas às operações matemáticas.
Adiante, Einstein, com a redução da gravitação à noção de campo, mostra possível um retorno à causalidade cartesiana.
Inseridos nessa evolução da causalidade dentro da história do pensamento científico, indicam-se os dois tipos complementares de generalizações presentes: o primeiro, sem qualquer poder explicativo e que satisfaz o espírito apenas provisoriamente; o segundo, acompanhado de uma explicação ligada à necessidade das composições em questão, ou seja, na forma de assimilação.
(Caos Markus)
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