Como alegoria da degradação temporal, os destroços monumentais indicam a irreversível supressão de tudo o que é corroído pela História. O efeito é de tristeza, caminhar entre tão distante recordação e saber que tamanho esplendor e formidável vitalidade precisaram desaparecer. Com a História nobreza e beleza se vão, restando-nos a inconsolável e irreparável dor em contemplar ruínas.
Contudo, esse movimento da História é apenas o negativo espetáculo de uma transição: há o instante da perda do desaparecimento, pois essa luz tênue, qual não é só crepuscular, mas também o ocaso da alvorada, percebida através dos fogos-fátuos do poder em combustão. Por assim dizer, a 'Era Ignis Fatuus', estimulando o imaginário, dirigindo-o à superstição pelo sobrenaturalismo democrático popular.
Porque é, todavia, da nossa essência a transitoriedade, muito embora essa constante recusa em admití-la, padecemos.
Dor, porém, não outra senão a do sofrimento diante de mudanças que queremos crer possível adiar.
(Caos Markus)
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