A concepção de 'ciência política', bastante recente, passou a ser assim generalizadamente expressa diante da objetividade que atingiu todas as disciplinas sociais, de modo a substiuir, paulatinamente, anteriores denominações ('teoria política', 'filosofia politica').
Não ocorreu, todavia, a supressão dessas precedentes nomenclaturas, mas verificou-se a distinção de dois novos campos, quais sejam, o da 'ciência' e o da 'teoria' políticas, sem incompatibilidade alguma entre si.
Outrora, formalizavam o seu conteúdo como 'ciência do governo', 'direito político' ou, ainda mais aquém, a clássica 'arte de governar'. Contemporaneamente, a Ciência Política é -em princípio- a parte da ciência social ocupada com as bases do Estado e dos fundamentos do Governo. A estrutural diferença entre Ciência Política e demais disciplinas afins é que a primeira limita-se a examinar (em termos descritivos) as atividades políticas e as formas institucionais de atuação que pressupõem um poder exercido com independência, sem predeterminada rigidez através de normas jurídicas.
Mais além, a Ciência Política enfatiza as relações da 'soberania', da 'liberdade', do 'governo' (na condição de fenômenos) com as situações reais estabelecidas pelas classes sociais, com a Geografia, a Religião e com as variadas modalidades de controle (o econômico, o político e o psicológico), desconsiderando a individualização de segmentações para alcançar a amplitude do organismo social.
(Caos Markus)
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