Em ano de eleições, o leiloeiro oficial da desgraça alheia bate o martelo para quem dá menos, ou melhor, para quem se dá por menos. É leilão que se faz sob a promessa de que a peça ainda valerá muito, quando mudar o dono do pregão, quer dizer, os donos do poder. Por causa disso, 'Indigentes de todo o mundo, uní-vos!' . A palavra de ordem é "abaixo o avesso do avesso!". Tudo pela transparência auriverde nas praças da República, ao som da 'alegria-alegria' das batucadas regadas à "pitú", a aguardente para quem canta os males espanta!
Entre nós, ao ouvimos "Não vim trazer a paz à terra, mas a luta", "Quem não for por mim será contra mim", atribuímos 'a palavra' a algum cântico gregoriano de esquerda, nesta que insiste em ser a nossa vocação para imitar Victor Hugo, protagonizando "Os Miseráveis". Imitar seria muita lisonja; o mais correto será dizer "papagaiar"; o quê de fato fazemos. Mas, tudo bem. Dizem que o Brasil é um país de contrastes, de enorme extensão territorial, país continental. E isso, convenhamos, não é mentira. Afinal, num mesmo telejornal "marinho", ouve-se, por 40 minutos, o grito "Brasiiiiiillllll!!!!", enquanto não mais de 5 minutos é o quanto dura o murmúrio pelo aumento da comida, da violência, da mortalidade neonatal...
Ora, bolas! A gente devia é ouvir um tango de Piazzolla e descongestionar o nariz com receita sob prescrição médica, já que do pó viemos e ao pó retornaremos.
Quem dá mais?! Eu ouvi dez mil?! Eu ouvi cinco mil?!!(Marcus Moreira Machado)
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