Ó, vida, que de tão bela
pede sempre mais,
da alegria a devorar!
De cada um de nós,
a ter como sua
a própria alma,
ergue-se em único
e grandioso espírito
-além do meu, além do teu.
Não é tristeza isto que perpassa:
não veio dela, que é bela.
Dela é, sim, toda a beleza
que por isso leva-nos, sem conteúdo,
a imaginar infortúnio presente.
E se de todos, tudo ela quer,
o que se acreditava fosse nosso,
não é mais...
Porque da vida que é bela
sempre foi a minha, a tua,
a nossa felicidade.
Esta, então, a razão de se viver:
eu me olhar em ti.
Pois, a vida, toda ela,
é vida bela!
Marcus Moreira Machado
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