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(...)
E o amor não mais murmura;
há muito, não é insinuação.
Ele já precisa clamar,
exclamar, alto e bom som,
a sua própria virtude.
Sabe o amor da sua natureza,
a qualidade, a distinção.
É ele quem diz "eu te amo":
a certeza de uma declaração.
Porque o amor é
a mim mesmo essencial,
o quanto é em ti,
o tanto é em nós.
E da humanidade toda,
é a própria substância.
Quando ele se ausenta,
em seu lugar,
surge todo o mal
que faz morada no vazio.
Marcus Moreira Machado
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