REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
segunda-feira, 31 de março de 2014
QUINTA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2014: "ILAÇÕES"
Que seja um mero devaneio, sempre será muito bem-vindo. Há de ser ainda melhor, em se tratando de divagação, base para a digressão, de onde inferem-se ilações tendentes ao heterodoxo.
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 9 DE ABRIL: "ANSEIO"
Com as minhas escusas, não obstante seja meu grande anseio atingir qualificação a permitir, por seus próprios pressupostos, autodenominar-me 'cidadão', verdade é que a minha referência não servirá para nada e a ninguém. E vice-versa.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2014: "CÁLCULO"
'Valores' deveriam se destinar ao que de fato são: mensurações. Assim, enquanto 'grandezas', todos poderiam calcular o quanto de moralidade proclamam e o tanto de moralismo que possuem.
(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014: "GESTUAL"
Eis que somos do futuro a vanguarda: na supressão do antagonismo, positivamos o consenso, institucionalizando a cultura da conciliação; sacralizando o profano, celebramos o paganismo abençoado; no coloquial, toda a erudição da nossa retórica; e na mímica, a exclusiva manifestação gestual do amor. Eis que fomos ao futuro sem o pretérito e o presente na bagagem.
(Caos Markus)
segunda-feira, 24 de março de 2014
DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014: "SUBALTERNIDADE"
Você cumpre ordens que lhe são 'repassadas' por seu 'superior imediato'. Ele, e mais outros tantos além dele, porque também fazem o mesmo que você e seu imediato, somente "conversam" entre si no 'binômio de uma relação dualística'. Dubiedade alguma, é garantida -na sucessão da hierarquia verticalizante- a gradação do 'comando', da 'obediência' e da 'representação'.
Você e os demais, quanto mais afastados da ascendência dessa 'progressão', menos e menos ressonância alcançam ao atendimento de qualquer necessidade e/ou direito, por básicos que esses sejam.
O último patamar desta subalternidade, já então 'institucionalizada pelo poder', tem nome determinado: 'Estado'.
O 'Estado' só fala e só faz por si próprio. Ele nada ouve, senão a voz dos seus 'intérpretes'. Estes, traduzem a vontade do Estado de maneira a 'personificá-lo. Incoerentemente, tais tradutores são selecionados pelas vítimas do algoz, quer dizer, por você e toda a infinidade de subalternos, dissimuladamente denominados 'eleitores'.
Você e os demais, quanto mais afastados da ascendência dessa 'progressão', menos e menos ressonância alcançam ao atendimento de qualquer necessidade e/ou direito, por básicos que esses sejam.
O último patamar desta subalternidade, já então 'institucionalizada pelo poder', tem nome determinado: 'Estado'.
O 'Estado' só fala e só faz por si próprio. Ele nada ouve, senão a voz dos seus 'intérpretes'. Estes, traduzem a vontade do Estado de maneira a 'personificá-lo. Incoerentemente, tais tradutores são selecionados pelas vítimas do algoz, quer dizer, por você e toda a infinidade de subalternos, dissimuladamente denominados 'eleitores'.
(Caos Markus)
SÁBADO, 5 DE ABRIL DE 2014: "INSTRUMENTALIZAÇÃO POLÍTICA DO DIREITO"
Buscando a reordenação jurídica e uma nova organização judicial, o Estado brasileiro tem atuado primariamente, quer por meio da edição de normas estruturais e programáticas, quer através da expansão de vasta legislação dispositiva condicionada a conjunturas marcadas pela especificidade e transitoriedade, de modo a inflacionar, pode-se assim dizer, o sistema jurídico, acarretando o grave comprometimento da clareza, da objetividade e do rigor lógico dos padrões legais de conduta. Por esta mesma causa, num suposto paradoxo, quanto mais procura disciplinar, a fim de estabelecer a regulação de todos os espaços, dimensões e temporalidades do sistema econômico, menos esse Estado demonstra capacidade de -recuando à avassaladora trama regulatória sabidamente intrincada- expandir seu raio de ação. Igualmente pelo mesmo motivo, não dá sinais de aptidão no sentido de mobilizar os instrumentos de que dispõe formalmente no intuito de exigir respeito às suas próprias ordens.
Nessa órbita, nota-se gradual rompimento com o conceito lógico-formal fundado nos princípios da 'constitucionalidade', da 'legalidade' e da 'hierarquia das leis', em evidente violação de muitos de seus pressupostos básicos, desencadeando normatização sequencial e, ainda, um sem número de microssistemas legais inserto no ordenamento global. A codificação das normas mais recentemente editadas não traz certeza jurídica alguma, mas sim proporciona apenas variedade de "interpretações", culminando por favorecer a instrumentalização política do direito, pelos segmentos e partes em confronto.
O Estado brasileiro, atualmente, vive generalizada crise de 'legitimidade', ante à sua debilitada capacidade funcional e face a sua frágil competência técnica.
Prova dessa debilidade, hoje, salta aos olhos, diante de um processo eleitoral cujas diretrizes vão de encontro à negação do próprio Estado de Direito Democrático.
Nessa órbita, nota-se gradual rompimento com o conceito lógico-formal fundado nos princípios da 'constitucionalidade', da 'legalidade' e da 'hierarquia das leis', em evidente violação de muitos de seus pressupostos básicos, desencadeando normatização sequencial e, ainda, um sem número de microssistemas legais inserto no ordenamento global. A codificação das normas mais recentemente editadas não traz certeza jurídica alguma, mas sim proporciona apenas variedade de "interpretações", culminando por favorecer a instrumentalização política do direito, pelos segmentos e partes em confronto.
O Estado brasileiro, atualmente, vive generalizada crise de 'legitimidade', ante à sua debilitada capacidade funcional e face a sua frágil competência técnica.
Prova dessa debilidade, hoje, salta aos olhos, diante de um processo eleitoral cujas diretrizes vão de encontro à negação do próprio Estado de Direito Democrático.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2014: "LEITURA DA IMAGEM TEXTUAL"
Neste mundo moderno, repleto de mensagens imagéticas, a leitura também envolve ler imagens.
Embora seja uma atividade complexa, permeando grande parte da vida numa sociedade urbana, industrializada e tecnológica, a leitura como processo, a requerer metodologia e teoria próprias, não ocupa lugar de destaque nos currículos de formação de professores, muito além das fronteiras da alfabetização. Abordagens inclusivas de discussões sobre a leitura de imagens e dos aspectos do mundo de maneira geral são ainda mais escassas, se não inexistentes.
A leitura a partir do modelo interativo deve ser entendida como um processo no qual a informação flui tanto do texto para o leitor quanto do leitor para o texto. Observa-se uma interação entre autor/texto/leitor, na qual o sujeito leitor não permanece apenas num papel passivo de decodificador de palavras, ou frases. Todo o seu conhecimento de mundo pode ser ativado para, entre múltiplos procedimentos, elaborar e verificar hipóteses de leitura sobre o assunto do texto; negociar ou inferir significados; hierarquizar o texto (separando ideias principais e secundárias); estabelecer objetivos de leitura e definir níveis de acesso ao material lido segundo os mesmos; associar imagens e texto verbal na construção de sentidos.
Os próprios professores reconhecem a novidade de muitas informações teóricas e práticas a respeito do ‘ensino-aprendizagem’ de leitura. Também informam sobre as dificuldades de implementar o trabalho de compreensão leitora; entre outras razões, pelas dificuldades que os alunos parecem trazer na leitura, em sua própria língua materna.
Em última análise, a leitura é um processo complexo, não limitado à decodificação de signos e palavras, envolvendo uma leitura de mundo, uma atribuição e negociação de significados. Portanto, necessita ser sistematicamente trabalhada, segundo bases teóricas claras, pois só se aprende a ler, lendo. Sendo assim, cabendo ao professor o papel de orientador e incentivador de seus alunos durante o desenvolvimento dessa habilidade, sua formação precisa incorporar pressupostos teóricos e procedimentos práticos que o preparem para a tarefa.
O estudo da cultura pós-moderna, a chamada cultura visual, vem-se desenvolvendo nas mais diferentes áreas do conhecimento. As nossas experiências diárias são permeadas de imagens de todos os tipos, e lidas constantemente (códigos textuais e gráficos, expressões fisionômicas, elementos da natureza). Portanto, o conceito de leitura é muito mais vasto do que o usualmente empregado no senso comum. Ao contrário do observado nas sociedades de imagens da Idade Média ou do Renascimento, hoje, o nosso vocabulário não corresponde ao das imagens veiculadas massivamente, como propaganda do mercado de consumo.
Tornar-se decodificador desse produto, possibilita desconstruir essa fórmula, resgatando a dignidade humana, a memória e a atenção para as imagens verdadeiras. A atualidade é descrita como a segunda etapa do processo de mundialização. A primeira ocorreu com a criação da imprensa e a possibilidade de divulgação da palavra escrita. Hoje, com as novas mídias e a produção de imagens, a realidade passa a ser construída através da representação imagética e não de um objeto real. Observa-se, portanto, a necessidade de criação de mecanismos para a leitura desses novos, múltiplos e poderosos códigos visuais amplamente divulgados em espaços públicos e privados, através da televisão, de jornais e revistas, do cinema e do computador.
A leitura, convém enfatizar, é um processo complexo, envolvendo não apenas a palavra, mas a imagem e os aspectos mais diversos do mundo. Apesar de fazer parte do cotidiano e merecer menção em documentos institucionais sobre educação, não tem um espaço de destaque na formação do professorado. Então, para desenvolver o potencial leitor de seus alunos, o docente necessita investir numa reflexão e aperfeiçoamento de seu próprio processo de leitura. Além da demanda de investimento nos currículos universitários, também é desejável, pois, o trabalho num nível de formação continuada favorável ao contato com teoria, metodologia e práticas leitoras.
Conscientes de que o desenvolvimento da capacidade leitora de imagens é processo árduo, exigindo prática e sólidas bases teóricas, a experiência configura-se, como ponto de partida, na intimidade com a informação imagética, dependente de atitude curiosa, crítica e perseverante. Para isso, ao uso da imagem em aula, deve anteceder uma detalhada pesquisa sobre a sua autoria, informações técnicas de produção, identificação do público e do uso destinados, e em qual contexto foi criada, além da leitura dos seus elementos formais e simbólicos constituintes.
De qualquer maneira, é imprescindível, o professor deve formular claramente os objetivos pedagógicos que pretende alcançar com a leitura de forma geral e com o uso de imagens, preservando os inúmeros enfoques propiciados pelas imagens e os percursos interpretativos durante qualquer leitura.
Em última análise, imagem e texto verbal não devem ser dissociados. A retirada das imagens de seu contexto e sua leitura isolada geram uma limitação no processo leitor, tornando-o fragmentado e desconectado dos elementos que, juntos, compunham a mensagem original necessária à construção de sentidos.
Embora seja uma atividade complexa, permeando grande parte da vida numa sociedade urbana, industrializada e tecnológica, a leitura como processo, a requerer metodologia e teoria próprias, não ocupa lugar de destaque nos currículos de formação de professores, muito além das fronteiras da alfabetização. Abordagens inclusivas de discussões sobre a leitura de imagens e dos aspectos do mundo de maneira geral são ainda mais escassas, se não inexistentes.
A leitura a partir do modelo interativo deve ser entendida como um processo no qual a informação flui tanto do texto para o leitor quanto do leitor para o texto. Observa-se uma interação entre autor/texto/leitor, na qual o sujeito leitor não permanece apenas num papel passivo de decodificador de palavras, ou frases. Todo o seu conhecimento de mundo pode ser ativado para, entre múltiplos procedimentos, elaborar e verificar hipóteses de leitura sobre o assunto do texto; negociar ou inferir significados; hierarquizar o texto (separando ideias principais e secundárias); estabelecer objetivos de leitura e definir níveis de acesso ao material lido segundo os mesmos; associar imagens e texto verbal na construção de sentidos.
Os próprios professores reconhecem a novidade de muitas informações teóricas e práticas a respeito do ‘ensino-aprendizagem’ de leitura. Também informam sobre as dificuldades de implementar o trabalho de compreensão leitora; entre outras razões, pelas dificuldades que os alunos parecem trazer na leitura, em sua própria língua materna.
Em última análise, a leitura é um processo complexo, não limitado à decodificação de signos e palavras, envolvendo uma leitura de mundo, uma atribuição e negociação de significados. Portanto, necessita ser sistematicamente trabalhada, segundo bases teóricas claras, pois só se aprende a ler, lendo. Sendo assim, cabendo ao professor o papel de orientador e incentivador de seus alunos durante o desenvolvimento dessa habilidade, sua formação precisa incorporar pressupostos teóricos e procedimentos práticos que o preparem para a tarefa.
O estudo da cultura pós-moderna, a chamada cultura visual, vem-se desenvolvendo nas mais diferentes áreas do conhecimento. As nossas experiências diárias são permeadas de imagens de todos os tipos, e lidas constantemente (códigos textuais e gráficos, expressões fisionômicas, elementos da natureza). Portanto, o conceito de leitura é muito mais vasto do que o usualmente empregado no senso comum. Ao contrário do observado nas sociedades de imagens da Idade Média ou do Renascimento, hoje, o nosso vocabulário não corresponde ao das imagens veiculadas massivamente, como propaganda do mercado de consumo.
Tornar-se decodificador desse produto, possibilita desconstruir essa fórmula, resgatando a dignidade humana, a memória e a atenção para as imagens verdadeiras. A atualidade é descrita como a segunda etapa do processo de mundialização. A primeira ocorreu com a criação da imprensa e a possibilidade de divulgação da palavra escrita. Hoje, com as novas mídias e a produção de imagens, a realidade passa a ser construída através da representação imagética e não de um objeto real. Observa-se, portanto, a necessidade de criação de mecanismos para a leitura desses novos, múltiplos e poderosos códigos visuais amplamente divulgados em espaços públicos e privados, através da televisão, de jornais e revistas, do cinema e do computador.
A leitura, convém enfatizar, é um processo complexo, envolvendo não apenas a palavra, mas a imagem e os aspectos mais diversos do mundo. Apesar de fazer parte do cotidiano e merecer menção em documentos institucionais sobre educação, não tem um espaço de destaque na formação do professorado. Então, para desenvolver o potencial leitor de seus alunos, o docente necessita investir numa reflexão e aperfeiçoamento de seu próprio processo de leitura. Além da demanda de investimento nos currículos universitários, também é desejável, pois, o trabalho num nível de formação continuada favorável ao contato com teoria, metodologia e práticas leitoras.
Conscientes de que o desenvolvimento da capacidade leitora de imagens é processo árduo, exigindo prática e sólidas bases teóricas, a experiência configura-se, como ponto de partida, na intimidade com a informação imagética, dependente de atitude curiosa, crítica e perseverante. Para isso, ao uso da imagem em aula, deve anteceder uma detalhada pesquisa sobre a sua autoria, informações técnicas de produção, identificação do público e do uso destinados, e em qual contexto foi criada, além da leitura dos seus elementos formais e simbólicos constituintes.
De qualquer maneira, é imprescindível, o professor deve formular claramente os objetivos pedagógicos que pretende alcançar com a leitura de forma geral e com o uso de imagens, preservando os inúmeros enfoques propiciados pelas imagens e os percursos interpretativos durante qualquer leitura.
Em última análise, imagem e texto verbal não devem ser dissociados. A retirada das imagens de seu contexto e sua leitura isolada geram uma limitação no processo leitor, tornando-o fragmentado e desconectado dos elementos que, juntos, compunham a mensagem original necessária à construção de sentidos.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 3 DE ABRIL DE 2014: "O PERCUSO DA AUTORIA"
Ao reescrever a versão pessoal de uma história conhecida ou com alterações solicitadas pelo professor, como a mudança de cenário, de tempo ou de narrador, o aluno pode realizar um grande esforço criativo para conseguir reconstruir a mesma história e não perder a coerência. Esse processo, baseado em diferentes maneiras de reescrever um texto-fonte, é parte integrante do percurso de autoria, que pode ser construída com muita prática e reflexão.
Para que o aluno seja capaz de elaborar um texto com as próprias ideias e dentro das características de um gênero, ele precisa desenvolver um percurso de autoria.
Aspecto fundamental no trabalho de produção textual é garantir que a criança ganhe condições de pensar no todo. Do enredo à forma de estruturar os elementos no papel: é preciso aprender a dar conta de tudo para atingir o leitor. Esse processo denomina-se ‘construção de um percurso de autoria’ e se adquire com tempo, prática e reflexão.
Os estudos em didática das práticas de linguagem fizeram cair por terra o pensamento de que a redação com tema livre estimula a criatividade. Hoje, sabe-se que depois da alfabetização há ainda uma longa lista de aprendizagens, incluindo o investimento na ampliação do repertório dentro de um gênero literário, pois só assim é possível observar regularidades na estrutura discursiva e lingüística. A proposta do reconto oral de uma fábula conhecida, por exemplo, envolve organizar idéias, sendo uma forma de planejar a escrita. Quando já são dominadas todas as informações de uma narrativa, é então possível focar apenas a forma de expor os elementos.
As propostas seguintes são a re-escrita individual e a produção de versões de fábulas conhecidas com modificações dos personagens ou do cenário. Aos poucos, todos adquirem condições de inventar situações. Se o professor percebe que a turma não entendeu bem o sentido da moral da história, pediu aos alunos uma pesquisa sobre provérbios e seu uso cotidiano.
Com essa compreensão e um repertório de ditados populares, é sugerida a criação de uma fábula individual. Discute-se com o grupo a existência, via- de - regra, dos protagonistas inimigos tradicionais (cão e gato ou gato e rato, por exemplo). Assim, se fixa a primeira restrição à produção. Em seguida, a classe relembra alguns provérbios passíveis de escolhidos como moral nas histórias criadas.
Desde o início, todos sabem que as produções seriam lidas por estudantes de outra escola, o que serviu de estímulo para bolar tramas envolventes. Cabe nota, há uma diferença entre escrever textos com autonomia (obedecendo à estrutura do gênero, sem problemas ortográficos ou de coerência) e tornar-se autor. No primeiro caso, basta aprender as características do gênero e conhecer o enredo, por exemplo. No segundo, é preciso desenvolver ideias. Para chegar nesse estágio, a interação com professores e colegas e o acesso a um repertório literário são fundamentais.
O processo de construção da autoria impõe desafios cada vez mais complexos. E isso ocorre com a elaboração de tensões na narrativa ou a participação em debates no desenvolvimento da argumentação. A re-escrita, primeiro passo para a construção da autoria, pode vir com sugestões de produção de paródias, para alunos de grau mais avançado, exigindo mais elaboração por parte dos alunos. Uma boa maneira de fazer circular textos nessa fase são os meios digitais, como blogs e a própria página do colégio na internet. Os jovens podem se responsabilizar por todas as etapas de produção, inclusive pela publicação, verdadeiro estímulo ao aprimoramento da escrita. Pois, afinal, conduzir os estudantes a se expressar cada vez melhor, este deve ser o objetivo do professor.
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2014: "TEXTOS NO CONTEXTO"
A intertextualidade é uma espécie de conversa entre textos; esta interação pode aparecer explicitamente diante do leitor ou estar em uma camada subentendida, nos mais diferentes gêneros textuais. Para compreender a presença deste mecanismo em um texto, é necessário que a pessoa detenha uma experiência de mundo e um nível cultural significativos.
O intertexto só funciona quando o leitor é capaz de perceber a referência do autor a outras obras ou a fragmentos identificáveis de variados textos. Este recurso assume papéis distintos conforme a contextura na qual é inserido. A pressuposta cultura geral relacionada ao uso deste mecanismo literário deve, portanto, ser dividida entre autores e leitores.
E não há limite para as esferas do conhecimento que podem ser acessadas tanto pelo produtor do texto, quanto por seu receptor. Isto significa que o intertexto não está somente ligado ao contexto literário. Ele pode estar presente na pintura, a qual pode interagir com uma foto produzida séculos depois. Na publicidade, por exemplo, é muito comum, onde se faz analogia entre o produto que se deseja vender e a elaboração de uma imagem pictórica, levando ao consumidor a possibilidade de se atualizar culturalmente.
Há pelo menos sete tipos de intertextualidade. A ‘Epígrafe’ é um pequeno trecho de outra obra, ou mesmo um título, que apresenta outra criação, guardando com ela alguma relação mais ou menos oculta. A ‘Citação’ é um fragmento transcrito de outro autor, inserido no texto entre aspas.
A ‘Paráfrase’ é a réplica de um escrito alheio, posicionado em um uma obra com as palavras de seu autor. Este deve, portanto, esclarecer que o trecho reproduzido não é de sua autoria, citando a fonte bibliográfica pesquisada, a fim de não cometer plágio. A ‘Paródia’ é uma distorção intencional de outro texto, com objetivos críticos ou irônicos.
O ‘Pastiche’ é a imitação rude de outros criadores (escritores, pintores, entre outros) com intenção pejorativa, ou uma modalidade de colagens e montagens de vários textos ou gêneros, compondo uma espécie de colcha de retalhos textual. A tradução se insere na esfera da intertextualidade porque o tradutor recria o texto original.
A ‘Referência’ é o ato de se mencionar determinadas obras, de forma direta ou indireta. A ‘Alusão’ é uma figura de linguagem que se vale da referência ou da citação de um evento ou de uma pessoa, concreta ou integrante do universo da ficção, denominada interlocutor. Ela é igualmente conhecida como ‘intertextualidade’ ou ‘polifonia’.
O intertexto, portanto, não se refere apenas a textos literários, mas também a músicas, imagens (vídeos, filmes, todos os recursos visuais). Assim, em uma composição musical, no lançamento cinematográfico, na animação que se assiste em casa, na publicidade, nas pinturas e outras artes plásticas, enfim, em todas as linguagens artísticas, está presente a intertextualidade.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 1 DE ABRIL DE 2014: "DIA DE PROVA"
Diante do notório "desinteresse" do Governo Federal em apurar até as últimas consequências os fatos relacionados aos 'desaparecidos políticos', vítimas das torturas praticadas nos porões da Ditadura Militar (Golpe64); ainda chegará o dia em que alunos, com prova marcada sobre o tema, dirão: "- Que saco! Tenho que estudar o capítulo inteiro daquele assunto chato para a prova de amanhã!!
(Caos Markus)
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