Neste mundo moderno, repleto de mensagens imagéticas, a leitura também envolve ler imagens.
Embora seja uma atividade complexa, permeando grande parte da vida numa sociedade urbana, industrializada e tecnológica, a leitura como processo, a requerer metodologia e teoria próprias, não ocupa lugar de destaque nos currículos de formação de professores, muito além das fronteiras da alfabetização. Abordagens inclusivas de discussões sobre a leitura de imagens e dos aspectos do mundo de maneira geral são ainda mais escassas, se não inexistentes.
A leitura a partir do modelo interativo deve ser entendida como um processo no qual a informação flui tanto do texto para o leitor quanto do leitor para o texto. Observa-se uma interação entre autor/texto/leitor, na qual o sujeito leitor não permanece apenas num papel passivo de decodificador de palavras, ou frases. Todo o seu conhecimento de mundo pode ser ativado para, entre múltiplos procedimentos, elaborar e verificar hipóteses de leitura sobre o assunto do texto; negociar ou inferir significados; hierarquizar o texto (separando ideias principais e secundárias); estabelecer objetivos de leitura e definir níveis de acesso ao material lido segundo os mesmos; associar imagens e texto verbal na construção de sentidos.
Os próprios professores reconhecem a novidade de muitas informações teóricas e práticas a respeito do ‘ensino-aprendizagem’ de leitura. Também informam sobre as dificuldades de implementar o trabalho de compreensão leitora; entre outras razões, pelas dificuldades que os alunos parecem trazer na leitura, em sua própria língua materna.
Em última análise, a leitura é um processo complexo, não limitado à decodificação de signos e palavras, envolvendo uma leitura de mundo, uma atribuição e negociação de significados. Portanto, necessita ser sistematicamente trabalhada, segundo bases teóricas claras, pois só se aprende a ler, lendo. Sendo assim, cabendo ao professor o papel de orientador e incentivador de seus alunos durante o desenvolvimento dessa habilidade, sua formação precisa incorporar pressupostos teóricos e procedimentos práticos que o preparem para a tarefa.
O estudo da cultura pós-moderna, a chamada cultura visual, vem-se desenvolvendo nas mais diferentes áreas do conhecimento. As nossas experiências diárias são permeadas de imagens de todos os tipos, e lidas constantemente (códigos textuais e gráficos, expressões fisionômicas, elementos da natureza). Portanto, o conceito de leitura é muito mais vasto do que o usualmente empregado no senso comum. Ao contrário do observado nas sociedades de imagens da Idade Média ou do Renascimento, hoje, o nosso vocabulário não corresponde ao das imagens veiculadas massivamente, como propaganda do mercado de consumo.
Tornar-se decodificador desse produto, possibilita desconstruir essa fórmula, resgatando a dignidade humana, a memória e a atenção para as imagens verdadeiras. A atualidade é descrita como a segunda etapa do processo de mundialização. A primeira ocorreu com a criação da imprensa e a possibilidade de divulgação da palavra escrita. Hoje, com as novas mídias e a produção de imagens, a realidade passa a ser construída através da representação imagética e não de um objeto real. Observa-se, portanto, a necessidade de criação de mecanismos para a leitura desses novos, múltiplos e poderosos códigos visuais amplamente divulgados em espaços públicos e privados, através da televisão, de jornais e revistas, do cinema e do computador.
A leitura, convém enfatizar, é um processo complexo, envolvendo não apenas a palavra, mas a imagem e os aspectos mais diversos do mundo. Apesar de fazer parte do cotidiano e merecer menção em documentos institucionais sobre educação, não tem um espaço de destaque na formação do professorado. Então, para desenvolver o potencial leitor de seus alunos, o docente necessita investir numa reflexão e aperfeiçoamento de seu próprio processo de leitura. Além da demanda de investimento nos currículos universitários, também é desejável, pois, o trabalho num nível de formação continuada favorável ao contato com teoria, metodologia e práticas leitoras.
Conscientes de que o desenvolvimento da capacidade leitora de imagens é processo árduo, exigindo prática e sólidas bases teóricas, a experiência configura-se, como ponto de partida, na intimidade com a informação imagética, dependente de atitude curiosa, crítica e perseverante. Para isso, ao uso da imagem em aula, deve anteceder uma detalhada pesquisa sobre a sua autoria, informações técnicas de produção, identificação do público e do uso destinados, e em qual contexto foi criada, além da leitura dos seus elementos formais e simbólicos constituintes.
De qualquer maneira, é imprescindível, o professor deve formular claramente os objetivos pedagógicos que pretende alcançar com a leitura de forma geral e com o uso de imagens, preservando os inúmeros enfoques propiciados pelas imagens e os percursos interpretativos durante qualquer leitura.
Em última análise, imagem e texto verbal não devem ser dissociados. A retirada das imagens de seu contexto e sua leitura isolada geram uma limitação no processo leitor, tornando-o fragmentado e desconectado dos elementos que, juntos, compunham a mensagem original necessária à construção de sentidos.
Embora seja uma atividade complexa, permeando grande parte da vida numa sociedade urbana, industrializada e tecnológica, a leitura como processo, a requerer metodologia e teoria próprias, não ocupa lugar de destaque nos currículos de formação de professores, muito além das fronteiras da alfabetização. Abordagens inclusivas de discussões sobre a leitura de imagens e dos aspectos do mundo de maneira geral são ainda mais escassas, se não inexistentes.
A leitura a partir do modelo interativo deve ser entendida como um processo no qual a informação flui tanto do texto para o leitor quanto do leitor para o texto. Observa-se uma interação entre autor/texto/leitor, na qual o sujeito leitor não permanece apenas num papel passivo de decodificador de palavras, ou frases. Todo o seu conhecimento de mundo pode ser ativado para, entre múltiplos procedimentos, elaborar e verificar hipóteses de leitura sobre o assunto do texto; negociar ou inferir significados; hierarquizar o texto (separando ideias principais e secundárias); estabelecer objetivos de leitura e definir níveis de acesso ao material lido segundo os mesmos; associar imagens e texto verbal na construção de sentidos.
Os próprios professores reconhecem a novidade de muitas informações teóricas e práticas a respeito do ‘ensino-aprendizagem’ de leitura. Também informam sobre as dificuldades de implementar o trabalho de compreensão leitora; entre outras razões, pelas dificuldades que os alunos parecem trazer na leitura, em sua própria língua materna.
Em última análise, a leitura é um processo complexo, não limitado à decodificação de signos e palavras, envolvendo uma leitura de mundo, uma atribuição e negociação de significados. Portanto, necessita ser sistematicamente trabalhada, segundo bases teóricas claras, pois só se aprende a ler, lendo. Sendo assim, cabendo ao professor o papel de orientador e incentivador de seus alunos durante o desenvolvimento dessa habilidade, sua formação precisa incorporar pressupostos teóricos e procedimentos práticos que o preparem para a tarefa.
O estudo da cultura pós-moderna, a chamada cultura visual, vem-se desenvolvendo nas mais diferentes áreas do conhecimento. As nossas experiências diárias são permeadas de imagens de todos os tipos, e lidas constantemente (códigos textuais e gráficos, expressões fisionômicas, elementos da natureza). Portanto, o conceito de leitura é muito mais vasto do que o usualmente empregado no senso comum. Ao contrário do observado nas sociedades de imagens da Idade Média ou do Renascimento, hoje, o nosso vocabulário não corresponde ao das imagens veiculadas massivamente, como propaganda do mercado de consumo.
Tornar-se decodificador desse produto, possibilita desconstruir essa fórmula, resgatando a dignidade humana, a memória e a atenção para as imagens verdadeiras. A atualidade é descrita como a segunda etapa do processo de mundialização. A primeira ocorreu com a criação da imprensa e a possibilidade de divulgação da palavra escrita. Hoje, com as novas mídias e a produção de imagens, a realidade passa a ser construída através da representação imagética e não de um objeto real. Observa-se, portanto, a necessidade de criação de mecanismos para a leitura desses novos, múltiplos e poderosos códigos visuais amplamente divulgados em espaços públicos e privados, através da televisão, de jornais e revistas, do cinema e do computador.
A leitura, convém enfatizar, é um processo complexo, envolvendo não apenas a palavra, mas a imagem e os aspectos mais diversos do mundo. Apesar de fazer parte do cotidiano e merecer menção em documentos institucionais sobre educação, não tem um espaço de destaque na formação do professorado. Então, para desenvolver o potencial leitor de seus alunos, o docente necessita investir numa reflexão e aperfeiçoamento de seu próprio processo de leitura. Além da demanda de investimento nos currículos universitários, também é desejável, pois, o trabalho num nível de formação continuada favorável ao contato com teoria, metodologia e práticas leitoras.
Conscientes de que o desenvolvimento da capacidade leitora de imagens é processo árduo, exigindo prática e sólidas bases teóricas, a experiência configura-se, como ponto de partida, na intimidade com a informação imagética, dependente de atitude curiosa, crítica e perseverante. Para isso, ao uso da imagem em aula, deve anteceder uma detalhada pesquisa sobre a sua autoria, informações técnicas de produção, identificação do público e do uso destinados, e em qual contexto foi criada, além da leitura dos seus elementos formais e simbólicos constituintes.
De qualquer maneira, é imprescindível, o professor deve formular claramente os objetivos pedagógicos que pretende alcançar com a leitura de forma geral e com o uso de imagens, preservando os inúmeros enfoques propiciados pelas imagens e os percursos interpretativos durante qualquer leitura.
Em última análise, imagem e texto verbal não devem ser dissociados. A retirada das imagens de seu contexto e sua leitura isolada geram uma limitação no processo leitor, tornando-o fragmentado e desconectado dos elementos que, juntos, compunham a mensagem original necessária à construção de sentidos.
(Caos Markus)
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