Contribuir com a transformação da vida de professores e alunos em um processo de aprendizagem permanente, isto sim é educar.
Ensinar e aprender são duas facetas de um mesmo sistema, exigindo flexibilidade, tanto a pessoal quanto a de um coletivo.
Os conteúdos fixos com conhecimentos prontos dão lugar a procedimentos abertos de pesquisa e comunicação, envolvendo a criança na própria educação.
É ela mesma a principal interessada no aprimoramento das estratégias de composição do seu saber pelo ensino interativo.
Ao professor cabe produzir materiais convenientes às crianças na assimilação das realidades intelectuais.
Ressalta-se a importância de um ensino que procure repensar o lúdico.
A escola erra ao dividir o ensino em lados diferentes: de um, a brincadeira, o jogo, onde existem o sonho e a fantasia; de outro, o ensino "formal" do trabalho e do estudo.
Fruir é uma realidade vivida pela criança em seu cotidiano. Através da imaginação ela relaciona seus interesses e carências com o mundo pouco conhecido onde vive.
Já uma educação identificada com a comunidade é preocupação frequente de todos os educadores, se de fato pretendem tornar as práticas sociais mais concretas e socialmente conjugadas.
Neste sentido, o objetivo de professores e alunos será discutir, analisar e refletir sobre as práticas de ensino, permitindo a percepção do conhecimento como algo estruturado nas permutas sociais, na vivência entre pessoas com experiências diferentes, aceitando-se riscos, contradições e desafios.
Com efeito, assim considera o materialismo histórico dialético: os fatos não podem ser dissociados do contexto social, político e econômico.
As mudanças políticas, econômicas e culturais na sociedade, e o grande volume de informações, refletem no ensino, exigindo da escola, enquanto instituição, um ambiente estimulante, viabilizando à criança adquirir informações de maneira mais motivada em movimentos de associação, trocas de experiências, de afetividade, do ato de aprender a desenvolver o pensamento crítico reflexivo.
Busca-se hoje a educação baseada na interlocução dos sujeitos, na expressão individual e comunitária, em interação com saberes prévios.
Professores e aprendizes, em alternâncias recíprocas acerca das suas atividades, fornecem novos significados à instrução.
A meta é ouvir e falar, dizer-se mutuamente: os alunos entre si e aos professores; estes entre si e os alunos.
Não são primordiais outras razões, senão estes argumentos, quando real é o anseio de criar o saber pedagógico constituído por meio de atuações sob o crivo da co-ordenação e, igualmente, pela formação de 'professores-pesquisadores da práxis´', ocupados em imprimir unidade aos saberes fragmentados.
(Caos Markus)
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