Pensando nos aspectos de um modelo de social favorável à vida das pessoas carentes de necessidades específicas, alguns âmbitos legais, sociais, econômicos e de ordem psicológica são relevantes ao tema da diversidade nas escolas públicas.
Garantir o acesso a todas as crianças não significa a existência confirmada de condições básicas ao atendimento de todos, pois cada indivíduo tem em si características próprias, requerendo aplicação pedagógica específica, contrariando assim, a massificação dos sistemas públicos de ensino, invariavelmente, avessos à diversidade. Numa abordagem, de estrita observação à diversidade e à inclusão social, a educação apresenta-se como novas propostas em torno de um ensino a todas as crianças e jovens, respeitadas as múltiplas demandas educacionais. Nesse sentido, quando se fala em inclusão, é importante clareza no entendimento de que ela não se refere somente a alunos com necessidades educacionais especiais, mas também a todas as crianças, independentemente de cor, raça, religião, condição física. Contudo, o desempenho real desta função está condicionado a uma série de medidas norteadas a essas oportunidades, superando a homogeneidade habitual no trabalho de ensinar. Para o educador, saber lidar com o contexto da diversidade em sala de aula, apesar dos desafios, permite aprender a se posicionar nesta compreensão. A escola é o espaço destinado à convivência entre crianças diferentes. A partir daí surge a tentativa de combater o ensino discriminatório manifestado em gestos, comportamentos e palavras, o qual muitas vezes afasta e estigmatiza grupos sociais. A complexidade dessa situação vivida pelo professor dificulta o processo de mediação na produção e apropriação dos conhecimentos dos alunos, contribuindo para a sua exclusão e não a inclusão desejável. Há de cobrar um compromisso ético do professor ao tentar responder adequadamente às diferentes situações, na maioria das vezes surgidas de forma imprevisível, estranhas ao seu próprio contexto de vida. Existe nas interações em sala de aula a possibilidade de o aluno ter segurança de aceitação de suas características próprias, pela incorporação feita no processo educativo. Para tanto, o professor deve estimular essas permutas, propiciando a contribuição geral com o processo, sem mensurações face o diversificado rendimento. Ajudá-los a entender a existência dessas diferenciadas necessidades educacionais, decorrentes de habilidades diferentes, possibilitará a aceitação de maneira mais fácil. Trabalhar com diversidade não é ignorar as diferenças ou impedir o exercício da individualidade, e sim favorecer o diálogo, dar espaço à expressão de cada um e à de todos na construção de um saber coletivo apoiado na aprendizagem mútua, na cooperação e na solidariedade, valorizando o seu ensino como um meio de preparação dos alunos para a vida em sociedade. Daí a premência da formação de professores envolvidos no tema ‘pluralidade cultural’. Provocar essa demanda específica na formação docente é exercício de cidadania. É investimento indeclinável, um compromisso político pedagógico de qualquer planejamento educacional/cultural, porque prioritário para a mudança deste contexto. A maioria dos educadores não reconhece a diferença e a diversidade. Por consequência, não possuem a capacidade de análise para transformar a sua prática, de maneira a não pensar e falar no senso comum e, enfim, trabalhar na área do método científico, organizando e planejando as aulas de forma ampla e interdisciplinar, levando conteúdos relevantes ao ensino-aprendizagem da pluralidade. Pois os docentes exercem de fato o magistério quando sua origem é uma prática contextualizada, quando os conhecimentos passam a ser autônomos e professados, quando o profissional da Educação é finalmente capaz de relatá-los. (Caos Markus) |
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
QUINTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2014: "O MAGISTÉRIO NA PRÁTICA CONTEXTUALIZADA"
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