REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
segunda-feira, 17 de março de 2014
SEGUNDA-FEIRA, 24 DE MARÇO DE 2014: "A PALAVRA, INSTRUMENTO OU ARMA"
“Analfabeto”, execrável palavra usada para descrever o estado de ausência de um conjunto de competências individuais indispensáveis para uma pessoa ler e escrever. Ao professor de português cabe a tarefa de levar o estudante a uma condição de alfabetismo e, assim, possibilitar-lhe a participação ativa nos eventos de letramentos a todo o momento circundantes, distanciando-o daquela palavra portadora de conceito segregacionista.
Contudo, estar alfabetizado não é suficiente para uma pessoa atuar com mais autonomia em sociedades que têm seus ritmos ditados por palavras escritas e por imagens: é preciso ser letrado.
Por isso, o conceito de letramento surge no mundo acadêmico para tentar separar os estudos sobre o impacto social da escrita na alfabetização, cujas conotações escolares destacam as competências individuais no uso e na prática da escrita. Nota-se aqui a ênfase no aspecto social do conceito de letramento e na feição individual dos conceitos de alfabetização e de alfabetismo.
Assim, a preparação dos estudantes para uma convivência ativa no mundo letrado requer do professor de português um olhar voltado para três horizontes: o textual, o multissemiótico e o crítico. O proposição teórica desse conceito é a inevitabilidade da familiarização do professor em relação aos elementos de textualidade, aos múltiplos letramentos e ao letramento crítico.
Ele não pode perder de vista esse conjunto sob pena de não contribuir efetivamente para que seus alunos se tornem escritores eficientes e leitores atentos às artimanhas da manipulação na sociedade de consumo, carregada de preconceitos. Afinal, o nosso ambiente está saturado de mensagens visando convencer-nos em todos os domínios possíveis. Os alunos precisam, por isso mesmo, ser municiados, para realizarem leituras críticas dos textos em circulação nos mais diversificados contextos sociais.
Parece natural salientar, a comunicação humana que mais produz frutos, bons ou maus, age com a palavra, podendo, por consequência, ser utilizada como ferramenta ou uma arma. Por meio dela se consumam os maiores e mais prolongados benefícios e malefícios causados por pessoas umas às outras. Mesmo a violência física perpetrada entre duas ou mais pessoas, mesmo a violência do ser humano contra o meio ambiente, a interação entre o homem e as novas tecnologias da informação, tudo isso é circunscrito e precedido pelo universo simbólico das palavras. Por essa razão elas ganham vulto quando impostas pela espécie humana, seja como ‘locutora’, ‘interlocutora’, ou ambas.
(Caos Markus)
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