Confirmada a inevitabilidade de implementar-se ideias recorrentemente enfatizadas ao longo da história da cultura e do pensamento ocidental sobre o desenvolvimento da Educação, é exigência inadiável a necessidade da sociedade concretizar o seu paradigma.
Ao longo de milênios do desenvolvimento humano, nada se compara aos efeitos da revolução científica e tecnológica, em pleno desenvolvimento, marcada, na segunda metade do séc. XX por um aumento prodigioso dos conhecimentos e por uma aceleração exponencial de mudanças.
Sem dúvida, esta admirável explosão da capacidade de produção de novos saberes tem se realizado numa relação simbiótica com a expansão e a utilização das modernas tecnologias da informação e da comunicação. Há, por isso mesmo, premência de se renovar, continuamente, as compreensões contextuais e, por conseguinte, prioridade de se estabelecer a aprendizagem permanente, elevada à condição de primazia política nos âmbito nacional, de forma contínua e incessante, considerando-a domínio estratégico de um país.
É, assim, imprescindível envolver o mais possível todos os cidadãos nessa dinâmica, requerendo que a sociedade se reestruture e se reorganize, criando múltiplas ofertas em diferenciados planejamentos de sistemas educacionais, bem como assegurando uma real igualdade de oportunidades aos múltiplos segmentos sociais.
Paralelamente, é de suma importância postular a reabilitação nos indivíduos da capacidade de aprender ao longo do curso da vida. Contudo, a constatação de que o acesso à educação e à aprendizagem nem sempre ocorre ao ritmo por todos desejado correlaciona-se com um dos seus temas mais investigados: as barreiras à efetiva e abrangente participação no seu processo.
São numerosas as causas dos obstáculos ao envolvimento em ações educativas, observadas tanto como limitações de natureza situacional quanto de ordem institucional, abrangendo a carência de informação acerca das chances existentes, com ofertas pouco atrativas em termos do interesse que despertam, ou ainda os fatores de natureza oriunda da própria disposição. Estes últimos estão frequentemente associados à falta de confiança e a crenças pessoais, responsáveis por levar o sujeito a não acreditar em si próprio enquanto educando, ou a duvidar da sua capacidade para aprender. Termos estes que fragilizam ou empobrecem fortemente a motivação a fim de se prosseguir com o ensino, através de ativo envolvimento nas aprendizagens, sobretudo as de caráter formal e não formal.
Os fatores disposicionais são tanto mais importantes quanto se considera, precisamente, a auto-confiança enquanto pré-requisito vital da autonomia ou auto-direção, constituindo o seu progresso em uma das mais bem qualificadas formas de preparar os educandos para as vivências numa sociedade onde a mudança se afirma em si mesma como um valor. Quando essa evolução está comprometida, é abandonada a trajetória rumo ao alcance de um dos objetivos mais nobres de qualquer ação ou projeto educativo : o aperfeiçoamento da moral individual e o aprimoramento ético e político nacional.
(Caos Markus)
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