Eu ando meio em dúvida se abro uma empresa de consultoria para assuntos estratégicos paragovernamentais, ou se monto um boteco. Pois, os grandes problemas do país encontram solução sempre mais simples em qualquer boteco mais ordinário. Não é preciso ser mais que um sujeito mediano, é totalmente desnecessário um intelecto privilegiado para entender de economia, a cada instante em que ela é reduzida a um mero cassino de roletas e bacará. Tal qual um jogo de azar, o blefe na - política econômica brasileira - é sinônimo da astúcia dos seus apostadores. Criar expectativa é um ótimo negócio. Para o parceiro, logicamente. E quem não tem cacife não pode jogar.Sempre que se fala em estabilização econômica, eu penso que vão estabilizar a nossa miséria e consolidar a riqueza deles. E tenho motivos para pensar assim. Afinal, temos trocado seis por meia-dúzia há tempo. Parece, aprendemos a gostar de apanhar, acreditando que foi a última vez. Rendidos aos proxenetas da política nacional, somos sistematicamente seduzidos pelas vãs promessas do dinheiro fácil, sem prévia análise do caráter desse jogo de seduções. Acostumados ao assombro pelos rótulos, qualquer nova “marca” de economia nas “prateleiras” das estratégias ministeriais nos convence ao seu consumismo imediato.
Só cabe perguntar: cada povo tem o governo que merece ou cada povo tem o governo que carece?
Truco!
(Caos Markus)
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