No caso, o conflito cognitivo é premissa na atividade intelectual; uma restruturação, como base no progresso do conhecimento, exige sensibilidade às próprias contradições.
Uma nova ótica a enfocar a assimilação (não mais de fora para dentro, porém a conceber um indivíduo como produtor de conhecimento) se faz necessária no sentido de romper-se o formidável caos proporcionado pela constante reiteração de uma experiência de fracasso, sempre em idênticas condições.
A esse tempo, já é possível entender a desigualdade social e econômica como fruto da falta de conhecimento, conseqüência imediata da desigual distribuição de reais oportunidades educacionais, quando resta para significativa parcela da população apenas ser conduzida, reservada-lhe 'cotas de participação', limitada ao mero "reproduzir", tolhida na produção de conhecimento.
A independência de qualquer pessoa está, portanto, diretamente vinculada àquela compreensão que, se admitida, torna o indivíduo um "criador" do conhecimento. No caso, o conflito cognitivo é premissa na atividade intelectual; uma restruturação, como base no progresso do conhecimento, exige sensibilidade às próprias contradições.
Reduzidos, pois, pela alternativa do 'individualismo' e a sua metafísica da liberdade natural peculiar ao indivíduo soberano, num instante; e do 'socialismo', com seu aforisma da igualdade; não somente do ponto de partida, como do ponto de chegada'; em outro momento, temos, na Educação que conduz, um evidente elemento de opressão a configurar, pela imperfeita definição do homem, um Estado "revolucionista" (ou pela utopia da superioridade do indivíduo, ou pelo asfixiante conceito de igualdade humana).
A "babel" de hoje é bastante singular: diferentes discursos imprimem um igual sentido ao mesmo lugar-comum dos ideários de emancipação. E essa emancipação consentida é própria aos regimes que postulam na Educação um elemento condicionador, a repetir situações de "erro" e de "esquecimento" perenes.
No Brasil, hoje, proporciona-se o ingresso, ao sistema educacional falido, do egresso desvalido, tudo na ficção da ordem e do progresso, desprezando-se que a apropriação do conhecimento de dentro para fora é a única verdade indissolúvel, traduzida na mais completa renovação.
(Caos Markus)
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