REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
QUINTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2013: "O GÊNIO DA LOUCURA"
Submisso, não compreende o homem contemporâneo a relatividade dos conceitos emblemáticos. Curva-se à verdade.
E o que é a verdade?
De fato, hoje o homem intelectual tornou-se uma criatura dada a explicações. Somente por isso, a conscientização das massas populares é pura mistificação, porque impede o despertar da consciência individual. Não por outro motivo, é preciso dispensar a política um tratamento tal que ela não venha a prejudicar a vida do espírito, pois a pluralidade - pressuposto a ser assumido de forma resumida pela imaginação no diálogo do pensamento - vem sendo ameaçada desde o início da modernidade.
Pois, como jamais houve na história da humanidade uma revolução consentida, não haverá libertação que não seja uma consequência do questionamento filosófico da condição humana.
O Homem libertar-se-á quando disser 'não' ao 'sim' a que foi adestrado repetir sistematicamente; quando, enfim, pensar ao invés de idolatrar. No diálogo do pensamento está a gênese do amor. O amor, anárquico que é, rompe todas e quaisquer imposições que teimam em circunscrever os sentimentos nos limites da indução.
A alma quer mesmo o que quer: tem o seu próprio conhecimento, sentada, infeliz, na superestrutura da sua explicação, feito um pássaro que, coitado, não sabe de que lado vai voar. É no gênio da loucura que resgataremos, a cada um de nós, as profecias das verdades insondáveis.
Personalíssimos, poderemos comungar a vida em sua apoteose transcendental, porque a verdade não será nunca a primeira, totalitária, e sim a de “um senso comum que possibilita partilhar o mundo com nossos semelhantes”.
'Pensar', na pluralidade, será comprometer-se apaixonadamente com a divindade única da existência terrena - a vida.
Não se permitindo conhecer a pluralidade, o homem se recusa a compreender, afastando-se da plenitude da vida e preferindo a morte adiada, em culto ao deus-projeção de si mesmo que minimize o absurdo da imensurável existência humana.
A moderna-idade é, portanto, tão antiga quanto o ser humano, da mesma forma como dele é a capacidade humana de iniciar.
(Caos Markus)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário