Estado brasileiro é identificado como 'Estado Mínimo', ou seja, atendendo aos objetivos da 'Economia de Mercado', deve tão-somente exercer controle regulatório, a fim de não permitir discordantes desigualdades nos segmentos da sua estratificação social.
Eis a contradição como causa da incoerência.
No contexto da doutrina neoliberal, a minimização extrema da intervenção estatal na iniciativa privada produz o minimalismo da 'Participação Popular'.
Deve-se então, a bem da verdade, reconhecer este país na condição de 'Estado Ausente'.
Sem qualquer entusiasmo, não se trata de 'ausência de governo', sugestivo de embrionário Anarquismo. Aqui, é impossível a indispensável 'coordenação', dogmática e práxis da Anarquia, por semelhante razão: a, mínima, quando não ausente mesmo, mobilização popular.
A propalada 'Democracia Participativa', via sufrágio, é mero resultado do círculo vicioso também encontrado nas Ditadura: 'informação/contra-informação/informação/contra-informação'.
Cabe, pois, indagar em que situação (nos regimes democráticos ou nos ditatoriais) é mais fácil o alcance da credibilidade da notícia (a oficial e a oficiosa).
Ora, se peculiar às democracias é a liberdade de expressão, percebe-se que a diversificação e a multiplicidade das informações têm o seu revés: suprimir o princípio do contraditório, redefinindo-o em estereótipos.
Cabe, com efeito, responder com outra pergunta: a 'Democracia Participativa' do 'Estado Mínimo' não é também a 'Ditadura' da 'Ausência Governada'? E sob tal governo não está a destinação de um do povo, levado a crer na regência dos seus destinos através de representantes eleitos pelo poder estereotipado?
Se assim for, se assim é, já temos o quinto poder, em seguida ao da imprensa.
Ou, será, nada disso é poder, ainda que seja exatamente isso o que "do povo, pelo povo e para o povo" também quer o próprio povo roer?!
(Caos Markus)
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