Deixando o insignificante isolamento a fim de se fazer solidário de uma comunidade, de um país, o homem conhece a estimulante experiência da permuta; ele transmigra para uma obra que, por mais modesta possa ser, traz a garantia de perdurar muito além dele próprio.
Convencidos serão os homens da necessidade de amar, porque intenção e gesto lutarão contra todos os fanatismos causadores da pior cegueira possível, aquela a nos impedir de ver que somos humanidade. E não ficarão perplexos ante o acentuado desgosto pela política como via de regra ela é praticada, ou seja, muitas vezes imoral, quando não mesmo sanguinolenta na salvaguarda de suas polêmicas criminosas.
O ideal de uma cooperação na complementaridade das diferenças ressoa de um extremo a outro, pois apenas a ela se contrapõe o implacável inimigo excludente da liberdade das consciências -o totalitarismo, sob qualquer forma, ditatorial ou populista, imposto diretamente ou dissimulado através da demagogia presente no assistencialismo.
Por isso, é indispensável saber que ocultado no assecla há o verdadeiro homem a ser descoberto, ser humano subsistente. E aflorar a percepção do quanto ainda é possível comunicar-se com ele. Com efeito, o vínculo humano constitui-se a partir da comunhão das empreitadas e das situações da vida. Valorizada a humildade nos seu atos, os homens são unidos uns nos outros, daí nascendo salutar e feliz cumplicidade.
Afinal, não um fardo mas sim o encargo justifica o homem, recusando a vulgaridade e contribuindo para a construção do mundo.
(Caos Markus)
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