Habitualmente, difunde a concepção de que o homem é um ser gregário, ideia alusiva à sua inata tendência a agrupar-se, buscando assegurar sua identidade e sobrevivência enquanto espécie. Nesse sentido, pode-se afirmar, por analogia, que todo grupo procurar a via da institucionalização, com o fito de salvarguardar sua unidade e permanência.
O homem, desde sua remotas origens, associou-se não somente com o objetivo de defender-se dos perigos naturais, mas também desejando instrumentalizar seu domínio e poder sobre grupos rivais. Uma vez consolidada a institucionalização, os co-partícipes dessa associação adquiriram autonomia ou indentidade própria, tornaram-se eles mesmos instrumentos de dominação e poder sobre todos os componentes do agrupamento. Essa característica passou a ser confirmada na família, nos segmentos nucleares da sociedade e em qualquer outra representação surgida no decorrer do processo da evolução social.
Por conseguinte, o outrora depositários dos desígnios humanos, gradualmente transformaram-se em agentes dos modelos de aspirações, dos pensamentos e das condutas dos seus membros.
Assim, inegável, uma vez moldado, remanesce (ou, ainda, se fortalece) o caráter universal da tendência à institucionalização dos grupos humanos, alcançando inclusive a denominadas 'minorias', quer sejam as etnicas, as raciais ou, de maneira mais genérica, as culturais. E, consequência direta, mais e mais se evidencia a conquista ou a manutenção de poder, objetivo imanente a qualquer associação, sugestivo de intrínseca condição humana essa disponibilidade de o homem ser instrumentalizado como meio eficaz de alcançar a sua concretude.
(Caos Markus)
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